Na estrada, a vida se revela em uma jornada incansável para a distribuição de Justiça por todo o Acre
O feminino da palavra “oficial” é “oficiala”. O seu uso adequado contribui para a promoção da igualdade de gênero e da valorização do papel das mulheres na sociedade. Sendo assim, conheça hoje a história da Cristiane Cunha: oficiala de Justiça do Poder Judiciário do Acre.
Nascida em Rio Branco, ela é proveniente de uma família de quatro irmãos, duas meninas e dois meninos. Seus pais, Maria Antônia de Almeida e José Pereira da Cunha, dedicaram a vida à Educação e, assim, orientaram a Cristiane a perseguir o seu sonho de cursar Direito, o que foi possível por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni), com uma bolsa de estudo integral.
Sua carreira profissional iniciou como escrivã da Polícia Civil. Em 2010, fez o concurso público do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), quando foi aprovada. A posse ocorreu em 1° de dezembro de 2011, portanto neste ano de 2024, ela completa 13 anos prestados à instituição. Sua primeira lotação foi em Porto Walter, que rendeu experiências únicas: “quando eu trabalhava no Juruá era rotina as diligências fluviais, nelas a gente passa o dia em uma canoa subindo e descendo o rio. É comum termos que andar mais de hora na mata para encontrar os ribeirinhos que estão trabalhando nas casas de farinha, por exemplo”.
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Posteriormente, ela pediu remoção para Porto Acre, sua lotação atual. “Quando vou para ramal, que é duas vezes por semana, percorro em média 200 quilômetros, para mais”, disse. Essa contabilidade pode parecer que se trata de um relato sobre dificuldades, mas ao ouvir a nossa oficiala é fácil compreender que esse é um depoimento sobre sua realização: “não acho meu trabalho difícil, mas é desafiador, percorremos grandes distâncias para fazer a Justiça chegar em todos os lugares, isso é gratificante!”.
Sua palavras manifestam o simbolismo do “pertencimento”, porque seu empenho (e de todos os demais oficiais de Justiça e servidores do TJAC) contribuem na missão do Tribunal. “Gosto de me comunicar com as pessoas, por isso amo ser oficial de Justiça! O concurso me apresentou uma visão diferente de todo o trâmite processual, porque percebi o quanto o TJAC se empenha para fazer a justiça chegar em todos os lugares”, destacou.
A sua rotina é registrada em fotos e vídeos, onde é possível ver as particularidades do Acre: o pôr do sol em um céu rosado, um igarapé no caminho, um pássaro na cerca e tantas outras belezas observadas em seu dia-a-dia, que são compartilhadas em sua rede social. Assim, é com orgulho de sua profissão que sustenta seus dois filhos, o João Arthur de 9 anos de idade e o Davi de 2 anos e 5 meses.
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25 de março – Dia do Oficial de Justiça
Na época do Brasil Império, o Dom Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823 e impôs seu próprio projeto, que se tornou a primeira Constituição do Brasil. Desde a promulgação da Constituição de 1824, é comemorado no dia 25 de março, o dia do Oficial de Justiça, porque a Carta Magna previu a existência desse cargo.
O oficial de Justiça é um profissional responsável por fazer cumprir as decisões judiciais, como mandados, intimações e citações. Eles têm a função de notificar as partes envolvidas em processos judiciais, entregar documentos e garantir que as decisões judiciais sejam efetivamente cumpridas. Portanto, o oficial de justiça desempenha um papel essencial para o funcionamento do sistema judicial, assegurando que as determinações legais sejam executadas.
Atualmente, o TJAC possui 94 oficiais de justiça e no edital do concurso público em andamento estão previstas 2 vagas, sendo uma para Assis Brasil e outra para Brasiléia, mais 170 vagas no cadastro de reserva, sendo 10 para 17 Comarcas acreanas.