Trabalho sintetiza em imagens os pontos positivos e negativos encontrados nas unidades penitenciárias do Estado durante as inspeções realizadas pelos integrantes do Grupo de Monitoramento e Fiscalização dos Sistemas Carcerários e Socioeducativo (GMF) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC)
Nesta quarta-feira, 19, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Diretoria de Informação Institucional (Diins) e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), realizou a vernissage da exposição “Além das Muralhas: olhares sobre o sistema penitenciário” no Palácio da Justiça, situado no centro de Rio Branco.
O evento compôs seminário “Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos no Sistema Penitenciário do Acre” realizado pela Escola do Poder Judiciário (Esjud). A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari; juntamente com o supervisor do GMF, desembargador Francisco Djalma, celebraram juntamente da coordenadora da Infância e Juventude (CIJ), desembargadora Waldirene Cordeiro a realização cultural.
Prestigiaram a solenidade: o desembargador Nonato Maia; a juíza-auxiliar da Presidência, Zenice Cardozo; a coordenadora do GMF, juíza Andrea Brito; o juiz do GMF, Robson Aleixo; o coordenador do mestrado Esjud/Esmat, Tarssis Barreto; o conselheiro do CNMP, Jaime Miranda; membro auxiliar do CNMP, o promotor de Justiça do Ministério Público do Amazonas, André Martins; representando o governo do Estado, Evandro Bezerra; representando o Ministério Público, o promotor de Justiça Rodrigo Curti; representando o Iapen, o diretor André Vinicíus e a diretora Dalvani Azevedo.
As fotografias foram produzidas pela equipe de Gerência de Comunicação (Gecom) nas unidades prisionais de todo o Estado, quando o Grupo de Monitoramento e Fiscalização dos Sistemas Carcerários e Socioeducativo (GMF) realizavam as inspeções.
São 47 retratos que mostram pontos negativos e positivos desses ambientes. Fotos sobre o cotidiano, a rotina, as violações dos direitos que aconteciam, mas também têm imagens das ações afirmativas, projetos educacionais, capacitações e outra iniciativas.
Enaltecendo as ações no campo da jurisdição da execução penal, a presidente do TJAC dedicou seu discurso à importância da humanização. Em consonância, o desembargador Djalma destacou o propósito de provocar reflexões sobre o encarceramento.
Por fim, a juíza Andrea Brito salientou que as fotografias apoiaram os relatórios do GMF e qualificaram a atuação no campo da execução penal, conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça.
A maioria das imagens foram captadas pelo fotojornalista Elisson Magalhães. “Muitas pessoas têm opiniões formadas pelo senso comum, por isso acabam por repetir que ‘bandido bom é o bandido morto”, mas quantos conhecem a realidade de um presídio? Essa exposição está dividida entre aspectos negativos – e nesse ponto, infelizmente, sobraram muitas fotos que ficaram de fora – mas também sobre o lado positivo, das boas práticas, que realmente estimulam a ressocialização, o que devemos mudar e o que devemos multiplicar”, discursou o servidor.
Também contribuíram com registros a jornalista Miriane Teles e Márcio Bleiner. As captações para matérias e relatórios tem o marco temporal de cada atividade, isto é, marca como estavam as políticas públicas em diferentes momentos desde 2016. Mas acima disso, as imagens contém o olhar de cada um sobre os detalhes e cenários.
A diretora de Informação Institucional falou sobre o compromisso da Comunicação com a missão do Judiciário, por meio de uma atuação fundamentada nos direitos humanos e voltada para a garantia de direitos. “A exposição muito nos orgulha, porque é uma realização de um trabalho de muitas mãos. Para que fosse possível, revemos todo nosso acervo, realizamos a curadoria para a escolha de cada foto, edição, a preparação dos biombos, legendas e a perspectiva de levar o talento da nossa equipe para outros locais”, disse Andrea Zílio.
Cenas fortes, denúncias e esperança estão entre cada impressão. “Nós temos o privilégio de termos um trabalho que nos demanda pautas desafiadoras, como é o caso das inspeções nas unidades penitenciárias. São dias marcantes na nossa trajetória e que nos deu a oportunidade de cumprir a função social do jornalismo”, reiterou Miriane Teles.