TJAC promove reunião de Gestão Participativa para elaboração das Metas Nacionais do Judiciário 2025

Na ocasião, foi apresentada a Proposta de Metas do Poder Judiciário 2025 – PIME 2025; servidores (as) contribuíram com sugestões, ajudando a promover uma gestão judiciária mais transparente, inclusiva e participativa.

O Tribunal de Justiça do Acre realizou, nesta quinta-feira,25, reunião de Gestão Participativa sobre a elaboração das Metas Nacionais do Poder Judiciário 2025. A conferência, realizada em formato virtual por meio da plataforma Google Meet, contou com a participação de magistrados (as) e servidores (as) de praticamente todas as unidades judiciais e administrativas da Justiça acreana.

Durante a atividade, que teve como facilitador o diretor de gestão estratégica Evandro Teixeira, foi apresentada a Proposta Inicial de Metas do Poder Judiciário 2025 (PIME 2025), o que permitiu que o corpo de servidores (as) do TJAC pudesse expressar opiniões e sugestões, ajudando a promover uma gestão judiciária mais transparente, inclusiva e participativa.

A gestão participativa está prevista na Resolução CNJ nº 221/2016, que institui princípios de gerenciamento participativo e democrático na elaboração das Metas Nacionais do Poder Judiciário e das políticas judiciárias do Conselho Nacional de Justiça.

“Nós estamos aqui cumprindo uma última etapa do nosso processo de gestão participativa, entendendo que nós já fizemos a pesquisa, fizemos uma audiência pública e agora nós estamos fazendo uma específica com os servidores e magistrados (…). Hoje, de uma certa maneira, a gente repete aqui aquelas mesmas perguntas e apresenta o resultado da pesquisa aberta. Então, nós temos aqui esse objetivo de manter o processo participativo, mas também fazer uma prestação de contas do que foi o resultado da pesquisa aberta (…). Então, nós estamos dentro do plano de Metas Nacionais estabelecido pelo CNJ, por isso que mais uma vez a gente tenta condensar e consolidar o que foi proposto”, disse o diretor de gestão estratégica do TJAC, ao início da conferência. 

Dessa forma, durante o evento os participantes puderam, por meio de votação, se manifestar quanto à viabilidade e exequibilidade dos objetivos fixados em cada uma delas. A reunião permitiu, com a realização de enquetes, aferir que magistrados (as) e servidores (as), no geral, consideram apropriadas a maioria das Metas Nacionais do CNJ. Em relação às metas que não foram consideradas apropriadas com uma margem considerável do “sim”, ficou acordado que novos debates e esclarecimentos devem acontecer para que se chegue a resultados mais consensuais. 

Também foram colhidas e registradas em ATA as dúvidas e novas sugestões apresentadas pelos (as) servidores (as) e magistrados (as) do Poder Judiciário acreano, e apresentados os resultados da consulta pública do PIME, pesquisa nacional coordenada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) com a participação dos Tribunais Estaduais.

O resultado da pesquisa pode ser consultado no link: http://www5.tjba.jus.br/gestaoparticipativa/

Proposta Inicial de Metas do Poder Judiciário (PIME)

Conheça a Proposta Inicial de Metas (PIME) do CNJ para o ano judiciário de 2025 e seus respectivos objetos, descrições e macrodesafios:

Proposta inicial de Metas (PIME) 2025

MetaMacrodesafioDescrição
1. Julgar mais processos que os distribuídosAgilidade e produtividade na prestação jurisdicionalJulgar quantidade maior de processos de conhecimento do que os distribuídos no ano corrente, excluídos os suspensos e sobrestados no ano corrente
2. Julgar processos mais antigosAgilidade e produtividade na prestação jurisdicionalJulgar, até 31/12/2025, pelo menos, 80% dos processos distribuídos até 31/12/2021 no 1º grau, 90% dos processos distribuídos até 31/12/2022 no 2º grau, 90% dos processos distribuídos até 31/12/2022 nos Juizados Especiais e Turmas Recursais e 95% dos processos de
conhecimento pendentes de julgamento há 14 anos (2011) ou mais
3. Estimular a conciliaçãoPrevenção de litígios e adoção de soluções consensuais para os conflitosAumentar o indicador Índice de Conciliação do Justiça em Números em 1 ponto percentual em relação a 2024.
Cláusula de barreira: 15% de Índice de Conciliação
4. Priorizar o julgamento dos processos relativos aos crimes contra a Administração Pública, à
improbidade administrativa e aos ilícitos eleitorais
Enfrentamento à corrupção, à
improbidade administrativa e aos
ilícitos eleitorais
Identificar e julgar até 31/12/2025, 65% das ações de improbidade administrativa e das ações penais
relacionadas a crimes contra a Administração Pública, distribuídas até 31/12/2021, em especial as relativas a corrupção ativa e passiva, peculato em geral e concussão
5. Reduzir a taxa de congestionamentoAgilidade e produtividade na prestação jurisdicionalReduzir em 0,5 ponto percentual a taxa de congestionamento líquida de processo de conhecimento, em relação a 2024.
Cláusula de barreira: 56%
8. Priorizar o julgamento dos processos relacionados ao feminicídio e à violência
doméstica e familiar contra
as mulheres
Agilidade e produtividade na prestação jurisdicionalIdentificar e julgar até 31/12/2025, 75% dos
casos de feminicídio distribuídos até 31/12/2022 e 50% dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher distribuídos até 31/12/2022
10. Impulsionar os processos de ações ambientais e os processos relacionados aos direitos das comunidades indígenas e quilombolasAgilidade e produtividade na prestação jurisdicionalIdentificar e julgar, até 31/12/2025, 35%
dos processos relacionados às ações ambientais, 35% dos processos relacionados aos direitos das comunidades indígenas e 35% dos processos relacionados aos direitos das comunidades quilombolas, distribuídos até 31/12/2024
11. Promover os direitos da criança e do adolescenteAgilidade e produtividade na prestação jurisdicionalIdentificar e julgar, até 31/12/2025, no 1º
grau, 90% e no 2º grau, 100% dos processos em fase de conhecimento, nas competências da Infância e Juventude cível e de apuração de ato infracional, distribuídos até 31/12/2023 nas respectivas instâncias

“A reunião do PIME representa a consolidação do processo participativo no Poder judiciário. Momentos que envolvem a presença de servidores e colaboradores colaboram para o bom desempenho de todos, haja vista que há muitas questões que, aparentemente, são simples, mas necessitam de estudos e análises. A reunião de hoje mostrou o quanto os servidores estão envolvidos com os resultados do TJAC e, ao mesmo tempo, nos chama a atenção para mantermos sempre uma relação direta de esclarecimentos, de estudos das nossas práticas, com vistas a qualificar ainda mais as pessoas e, consequentemente, seus resultados”, considerou Evandro Teixeira, ao final do encontro.

Marcio Bleiner Roma Felix | Comunicação TJAC

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