A conexão entre a execução de tarefas e o aprimoramento da cultura organizacional alinhados com a modernização, aprendizado e inovação
Nesta terça-feira, 24, a Presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou reunião de alinhamento com as juízas e juízes, diretoras e diretores de secretaria de todas as unidades judiciárias do estado. O diálogo transversal é uma iniciativa voltada à eficiência na execução do planejamento e ações desenvolvidas neste biênio.
A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, dedicou suas palavras ao acolhimento. Além disso, reiterou a visão administrativa para concretização de novas ideias: “é preciso manter o foco no nosso trabalho, com a motivação intrínseca proveniente do orgulho de fazer parte de algo maior, com a certeza de que o que realizamos impacta na vida das pessoas”.
A agenda de hoje teve o objetivo de promover discussões envolvendo a diversidade de pontos de vista do quadro institucional. O alinhamento visa a criação de soluções mais completas e sustentáveis, especialmente em contextos complexos, como é a prática de distribuir justiça no Acre. Nesse sentido, a reunião é uma oportunidade para a participação efetiva, transparência e fortalecimento da governança.
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As boas-vindas também foram externadas pelo vice-presidente do TJAC, desembargador Luís Camolez, que noticiou as novidades do trabalho da Gerência de Qualidade de Vida e ações de saúde itinerante.
O diretor da Escola do Poder Judiciário (Esjud), desembargador Elcio Mendes, teceu um paralelo sobre a dinâmica atual do Poder Judiciário e a obra do Peter M. Senge “A Quinta Disciplina”. Segundo o autor americano, o aprendizado institucional é estruturado em cinco pilares: domínio pessoal, modelos mentais, aprendizado em equipe, visão comum e raciocínio sistêmico.
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Por sua vez, o corregedor-geral da Justiça, o desembargador Samoel Evangelista ilustrou as inovações do Judiciário, exemplificando com a recente instalação do PIDJus da Vila Campinas, no qual a unidade representa o esforço para aprimorar a prestação jurisdicional. Posteriormente, dados estatísticos foram apresentados para o debate pelo juiz auxiliar da Coger, Alex Oivane. Ele explicou os parâmetros dos indicadores e abriu a palavra aberta para que os participantes que estavam plenário compartilhassem experiências que obtiveram bons resultados.
A servidora Gabriela Matos da 2ª Vara da Infância e Juventude falou sobre gerenciamento e como a atenção para a prioridade no arquivamento alterou os índices da unidade. De igual modo, a titular da Vara Única de Mâncio Lima, Glaucia Gomes, enfatizou a prioridade aos processos de violência doméstica, enumerou ainda os tipos de processos mais comuns em sua unidade e particularidades da realidade do município.
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Em seguida, a pauta apresentada pelo desembargador Laudivon Nogueira foi a inovação e tecnologia. Ele exibiu uma linha do tempo, desde a implantação do SAJ, passando pela virtualização dos processos, PJE e o momento atual, em que o TJAC vive a migração para um novo sistema de tramitação processual eletrônica: o eproc.
O Pleno Administrativo do TJAC aprovou o uso do eproc em outubro de 2023, “a decisão foi fundamentada pela estabilidade, usabilidade, inovação, inteligência artificial e automação”. Em dezembro, foi celebrado o acordo de cooperação técnica com Tribunal Regional Federal 4 e os Tribunais de Justiça de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Para dar andamento a implantação, o TJAC definiu um grupo estratégico, que conta com apoio e sugestões de customizações de um grupo operacional. Há ainda um núcleo de analistas de negócio. Assim, o desembargador reforçou as vantagens do sistema que possui domínio público, como as funcionalidades, localizadores, automações, possibilidade de uso massivo da Inteligência Artificial e facilidades da interface.
O projeto piloto de migração do sistema será realizado na Vara de Registros Públicos.
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A manhã concluiu com a metodologia apresentada pela juíza auxiliar da Presidência, juíza Zenice Cardozo. Foram definidos grupos de trabalho para elaborar estratégias sobre os seguintes temas: sustentabilidade e processos socioambientais, Tribunal do Júri e feminicídio, execução penal; criminal, cível, julgamento de processos antigos, Lei Maria da Penha, infância e juventude, medidas socioeducativas e turma recursal.
A programação continuou no período vespertino com a exposição de propostas e o encerramento da presidente.
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