Prontos para servir: histórias e dedicação de quem atua na Justiça

No Dia do Servidor Público, conheça a história de profissionais que integram o Poder Judiciário acreano e exercem papel fundamental na missão de promover Justiça

Pensou em Justiça? Vem logo à cabeça a imagem de um juiz, sempre com sua toga e um malhete – o popular martelo – em mãos para decidir o futuro do réu. A imagem até pode condizer com a realidade, mas não expressa toda a diversidade de personagens que também integram o Poder Judiciário. 

Aqueles que batem ponto diariamente, de segunda a sexta-feira, às 7h, e que, como as magistradas e magistrados, atuam para manter o serviço jurisdicional cada vez mais célere às cidadãs e cidadãos: as servidoras e servidores públicos. Na Justiça acreana, são quase 1.500 profissionais, com diferentes ofícios e presentes em diversas localidades do estado.

Por isso, nesta segunda-feira, 28 de outubro, em que é celebrado o Dia do Servidor Público, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) homenageia sua equipe funcional, contando a história de quatro profissionais que fazem parte do Judiciário acreano, dos mais experientes aos iniciantes.

Confronto as adversidades 

“Chamado”, assim descreve a técnica judiciária Maria Malveiras, de 56 anos, sobre seu ingresso na Justiça. Hoje, prestes a se aposentar, lembra como sua vida mudou no dia 15 de abril de 1987, ao tomar posse. “Nem passava pela minha mente ser uma servidora do Judiciário, porque naquele tempo nem havia concurso. Quando teve o primeiro, eu já passei em primeiro lugar”, conta.

Como datilógrafa – profissional que escreve em máquina de escrever – atuou em diferentes departamentos da instituição, das quais já nem se recorda de todos. Porém, foi na Sessão Administrativa, onde fazia serviços externos, que por mais anos atuou. No local, confrontou as adversidades do serviço público. “Até dirigir carros do Tribunal. Às vezes, não tinha motorista. Eu ia parar meu serviço? Pedia a chave e ia fazer meu serviço”, lembra. 

Os desafios não a afugentaram. Segundo ela, foram combustível para oferecer um melhor trabalho à sociedade, principalmente, por entender a complexidade das demandas jurídicas e o impacto que trazem à vida do cidadão. Além disso, foi um incentivo para estar em constante aprendizado.

Agora, próxima de se aposentar, ela planeja seguir aprendendo e, claro, conhecer o mundo. “Pretendo terminar meu curso de espanhol, bolsa de estudos que ganhei do Tribunal; quero fazer francês e viajar para Espanha, com a minha mãe; e fazer mestrado em Gestão de Pessoas”, comenta.

Sonho realizado

O servidor Joab Freitas, de 60 anos, sempre sonhou em ingressar no Tribunal de Justiça, principalmente, por vislumbrar um futuro melhor à família. Em 1987, prestou concurso para o cargo de datilógrafo. Concorria contra outros 28 candidatos, todos muito interessados em uma das quatro vagas disponíveis para Xapuri, na região do Alto Acre. No final, “eu fui um dos classificados, fiquei em terceiro lugar”, recorda.

Com mais de 30 anos de serviços prestados, atuou em diferentes departamentos e cargos. No início da carreira, trabalhou como auxiliar na área de registro civil e no tabelionato de notas. Depois, foi promovido a registrador e tabelião da comarca, serviço que realizou durante 15 anos, e do qual mais se orgulha. Hoje, atua no setor de arquivos do Fórum de Xapuri.

Ao fazer uma retrospectiva de sua jornada, o técnico judiciário se orgulha de, durante todos os anos que trabalha na Justiça do Acre, cumprir com a obrigação designada: a de atender as pessoas muitíssimo bem. 

Satisfação em atender as pessoas

Foi durante o estágio, enquanto ainda fazia faculdade em Sena Madureira, que Verônica Carvalho teve interesse em atuar no Judiciário acreano. Antes disso, não havia demonstrado interesse pela área, mas a vivência prática mudou sua perspectiva sobre a Justiça. Em 2005, quando apareceu a oportunidade de ingressar, não pensou duas vezes, desde lá 19 anos se passaram. 

Hoje, aos 48 anos, ela atua no Centro Integrado de Justiça e Cidadania (Cejuc) de Santa Rosa do Purus, no interior do estado. No local, contribui com a execução de atividades judiciais e extrajudiciais. Sempre empenhada, o que a motiva é a satisfação de atender as pessoas, especialmente, as que estão em regiões longínquas, bem como as em vulnerabilidade social.

“Experiências são inúmeras, mas uma que posso destacar foi quando pessoas trans fizeram suas certidões de nascimento, mudando de nome. Me marcou. Além de muitos outros [momentos], como de pessoas que moram muito distantes e não têm documento, registro de nascimento”, relembra a servidora. 

Para Verônica, dois elementos são fundamentais na administração pública: trabalho em equipe e atenção a cada pessoa que procura a Justiça. “Não tem como dizer esse caso ou aquele é urgente. Cada pessoa tem a sua urgência. Nosso papel é atender a todos”, afirma. 

Anseio de servir o cidadão

Após uma trajetória de 12 anos no Corpo de Bombeiros, Gabriel Teixeira, de 34 anos, decidiu mudar de carreira. Atuar na sua área de formação. Há anos aguardava um concurso do TJAC. A oportunidade chegou em 2024. Durante meses, estudou, se preparou, passou noites em claro. No final, o tão esperado êxito: havia passado. Há menos de 20 dias, ele integra o quadro funcional da Justiça.

Apesar do pouco tempo, Gabriel já visa servir à coletividade. “Pretendo dar o meu melhor, somar ao TJAC e entregar um excelente serviço ao cidadão. Estou feliz por estar fazendo parte desta instituição”, declara o analista, integrante da Diretoria de Informação e Tecnologia (Ditec).

Além disso, ele aconselha a todos persistirem nos seus sonhos, ter foco, planejar os estudos e nunca desistir, especialmente, os que também almejam integrar o Judiciário acreano.

Texto: William Azevedo - estagiário sob supervisão/ Fotos: cedidas | Comunicação TJAC

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