Crianças e adolescentes abrigados nas Casas de Acolhimento Sol Nascente participam de oficina do projeto “Arte do Ser”

Jovens abrigados nas unidades participaram ativamente da ação, aprendendo a pintura e as tramas e possibilidades do crochê, o que, em última análise, os habilita à produção de peças de artesanato que podem ser uma fonte de renda no futuro

A Coordenadoria da Infância e Juventude do TJAC deu início, no último sábado (23), às atividades do Programa Arte do Ser junto às crianças e adolescentes abrigados nas Casas de Acolhimento Drª Maria Tapajó e Sol Nascente, ambas localizadas no bairro Rui Lino, em Rio Branco.

Participaram da ação os gestores das unidades, as instrutoras Juciane Melo, de crochê; bem como a professora de pintura e artes plásticas Raimunda Ferreira; além, é claro, dos menores provisoriamente abrigados nas casas de acolhimento.

A primeira atividade foi uma oficina de crochê e pintura, que teve como objetivo principal despertar os talentos dos participantes, além do apreço pelas artes e a cultura, de forma geral, como elementos transformadores dos indivíduos e da própria sociedade. Atuaram como instrutoras a professora de crochê Juciane Melo e a professora de pintura Raimunda Ferreira.

Os jovens abrigados na unidade participaram ativamente da ação, seja aprendendo as tramas e possibilidades do crochê, o que, em última análise, os habilita à produção de peças de artesanato que podem ser uma futura fonte de renda, seja aprendendo os primeiros traços ou, em alguns casos, desenvolvendo ainda mais o talento nato para o desenho e a pintura.

De uma forma ou de outra, a oficina foi exitosa à medida em que as crianças e adolescentes se engajaram de fato à atividade, participando ativamente e mergulhando no universo mágico das aquarelas, guaches e das formas traçadas em papel e tecido. A ação se reveste de grande importância, à medida que durante as aulas as crianças e adolescentes experimentam a chamada sensação do fluxo criativo, se distanciando por algumas horas da realidade nas unidades de acolhimento, dando vazão a sonhos, aspirações ou mesmo externando situações e memórias traumáticas, em um processo de sublimação de sentimentos negativos, por meio da arte.

O cronograma do projeto da CIJ inclui a disponibilização, em breve, aos menores abrigados, de outras atividades culturais em diferentes áreas, como oficinas de costura, de música, de canto e também de dança de salão. Além das Casas de Acolhimento Drª Tapajós e Sol Nascente, serão beneficiadas pelas atividades, ainda, os adolescentes da Casa de Acolhimento Betel, em Cruzeiro do Sul; bem como da Casa de Acolhimento Municipal, em Sena Madureira.

“A educação, a cultura, a capacitação são ferramentas fundamentais para que nós possamos proporcionar a esses jovens uma perspectiva melhor para quando eles deixarem as casas de acolhimento, principalmente, no que diz respeito a reconhecer e desenvolver seus dons, aprender um ofício que possa verdadeiramente transformar suas realidades, suas famílias, integrando-os de maneira plena à sociedade, de forma a afastar a situação de vulnerabilidade. Nesse sentido, o Projeto Arte do Ser é um instrumento que já se mostrou exitoso, proporcionando uma vida melhor para muitos desses jovens que já voltaram ao convívio familiar e social. Por isso, a cada edição nós comemoramos o fato de que mais jovens tenham acesso a essas oportunidades”, considerou a coordenadora da Infância e Juventude, desembargadora Waldirene Cordeiro.

“Arte do Ser”

O projeto foi desenvolvido pela falta de opções de lazer e atividades educacionais dentro do ambiente das instituições de acolhimento de Rio Branco. A ação foi idealizada tendo como premissa básica o fato de que a concentração, disciplina e criatividade são alguns dos resultados obtidos quando o lado artístico nos infantes é instigado e desenvolvido. Dessa forma, tanto o desenvolvimento escolar, quanto o convívio social serão afetados de forma positiva. O projeto tem o formato de extensão da sala de aula, porém, enfatizando as relações e o convívio social.

Ademais, os trabalhos manuais ajudam na compreensão e reflexão acerca de algumas questões sociais como a valorização pessoal, a promoção da autonomia, relacionamentos interpessoais, ao passo que fomenta nas crianças e adolescentes a autoconfiança, com a realização de tarefas que os tornem reconhecidos por seus dons. Assim, o projeto visa mostrar a importância da arte na educação das crianças e jovens; as possibilidades que ela proporciona na vida dos adolescentes, além de ser uma ferramenta para aproximá-los da cultura nacional e local.

Para saber mais sobre as atividades do projeto “Arte do Ser”, acesse a página segura no Portal do TJAC na Internet, pelo link: https://www.tjac.jus.br/infancia-e-juventude/projetos/arte-do-ser.

Marcio Bleiner | Comunicação TJAC

O Tribunal de Justiça do Acre utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais no Sítio Eletrônico do Poder Judiciário do Estado do Acre.