Ação desenvolvida pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) tem objetivo de contribuir com a proteção dos direitos das crianças por meio do acesso à leitura e educação
Como toda boa história esta tem Palácio, heroínas e heróis destemidos e um final feliz a favor da leitura e educação. Era uma vez um grupo de 45 crianças que nesta sexta-feira, 22, decidiram, com uma “forcinha” da direção e equipe pedagógica da Escola Municipal Monte Castelo, passar uma manhã no Palácio da Justiça para participar das atividades do Projeto Infância Literária da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
As heroínas e heróis, na faixa etária de 10 a 11 anos de idade e matriculados nas turmas da manhã e tarde do 5º ano, foram recebidos por um trio de mulheres sábias, a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, a coordenadora da CIJ Waldirene Cordeiro e a juíza de Direito Andréa Brito (1ª vice-coordenadora da CIJ).
O desafio e a missão recebida pelas(os) jovens, mas intrépidas(os) protagonistas: mergulhar na alegria e magia do mundo da leitura e educação. O projeto do Judiciário tem esse objetivo de, mesmo em tempos aonde o celular e sites de relacionamento digital se apoderam da atenção de todas e todos, estimular as(os) estudantes a sonhar com um mundo, uma vida melhor por meio da leitura e educação.
Para cumprir a nobre tarefa, as alunas e alunos receberam treinamento especial durante essa manhã: iniciando com uma visita guiada para conhecer as histórias do Palácio da Justiça, primeira sede do Tribunal de Justiça; depois participaram de dinâmicas de leitura, brincadeiras; fizeram pinturas corporais e ganharam cada uma um livro infanto-juvenil para lerem e levarem para casa e compartilharem com irmãs, irmãos, parentes e colegas, o prazer e a aventura da leitura.
A presidente do TJAC conversou com as crianças, leu a história chamada “A fada da gratidão” e enfatizou: “Que alegria trazer vocês aqui nesse espaço do Tribunal de Justiça, que é um espaço histórico onde tudo começou há mais de 61 anos. Hoje vocês estão aqui aprendendo, mas vocês são os nossos homens e mulheres do futuro e quantas coisas poderão construir. A gente só deixa um legado, algo para ser admirado se estudarmos. Então, que vocês sonhem em ser grandes, não grandes em altura só ou de ter poder para mandar nos outros, que vocês sejam grandes na tarefa de servir as pessoas, de deixar algo de bom para nosso mundo”.
A aluna e leitora Maria Clara Oliveira Abejdid, de 10 anos de idade, compreendeu a atribuição e comentou: “a leitura é importante tanto para nosso conhecimento literário, quanto para nos divertimos. A leitura traz muito conhecimento”. Quem concordou com ela foi o estudante Jadson Henrique Vicente Nunes. Ele tem 11 anos e autismo com hiperfoco na leitura. “O livro é bom para pessoas aprenderem mais e muito e também se divertir muito”, disse Jadson.
Leitura liberta
Outra que fez questão de passar ensinamentos foi a desembargadora Waldirene Cordeiro. Ela cantou uma cantiga sobre a importância dos livros para as crianças e ressaltou: “Com esse projeto nós queremos que vocês sejam os melhores do mundo. Leiam livros. A leitura faz parte da gente, porque com a leitura a gente sonha, sonha com Acre, sonha com mundo melhor onde a fome acaba e o preconceito não exista mais”.
A juíza Andréa Brito também deixou uma mensagem que serve de lição para as crianças e todos nós: “Que vocês se inspirem. A leitura liberta e inspira”. E no final feliz e animado da atividade, os heróis e heroínas voltaram para casa com mais essa sementinha plantada. Mas, antes, alguns deles compartilharam seus sonhos para o mundo melhor, por exemplo: achar cura para o câncer, acabar com discriminação, fome, violência e toda guerra e doença, ter saúde, sabedoria, que todas as pessoas tenham condições financeiras boas e sejam felizes e se amam.