Projeto busca engajar a juventude na luta contra a corrupção, provocando reflexões sobre ética e cidadania
Nesta quinta-feira, 31, foi realizada a cerimônia de abertura do projeto “Eu Digo Não à Corrupção” no Teatro da Universidade Federal do Acre (Ufac). A ação é promovida pelo Ministério Público do Acre (MPAC), e o juiz Gilberto Matos, presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), representou o Poder Judiciário na solenidade.
O projeto conta ainda com o apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), Fundação Elias Mansour e Assembleia Legislativa do Acre. O público do auditório era composto por alunas e alunos do ensino médio das escolas José Ribamar Batista, João Calvino, Pedro Martinello, Gloria Perez e Armando Nogueira.
Em seu discurso, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, afirmou que esse tipo de ação é fundamental para ter uma sociedade mais justa. Em seguida, o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Pedro Longo, destacou o projeto de lei que institui medidas de combate à corrupção nos Poderes Executivo e Legislativo. Dessa forma, salientou o programa de integridade e compliance, enquanto ferramenta para a entrega dos resultados esperados pela população.
A procuradora-geral Janete Melo estava neste ato representando o governador Gladson Cameli. “Todos vocês têm sonhos, são cidadãos que estão caminhando para a vida adulta. Onde está a corrupção? Não é só em instituições e agentes públicos, é preciso uma reflexão crítica sobre essa questão”, disse.
O procurador-geral do MPAC, Danilo Lovisaro, ressaltou que o projeto contribui para a formação de jovens. “O combate à corrupção é um dos maiores desafios para o progresso social. A corrupção perpetua à desigualdade, as práticas acabam minimizadas e banalizadas, comprometendo a ética coletiva e promovendo a cultura da impunidade”, assinalou.
Após a abertura, foram realizadas apresentações culturais. A programação se completou com a realização de uma roda de conversa. A titular da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio e Fiscalização das Fundações e Entidades de Interesse Social, Myrna Mendonza, iniciou o debate com uma análise histórica, na qual afirmou que a corrupção no Brasil vem desde a colonização. “Fazer as compras em Cobija e não declarar na alfândega, colar na prova, são exemplos de atos de corrupção no dia a dia”, enumerou assim outras condutas e criticou o desrespeito às regras sociais.