Local está sendo montado no Fórum Criminal, na Cidade da Justiça, no andar que se concentra as Varas de Proteção à Mulher
As Varas de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco estão desenvolvendo um espaço de acolhimento para crianças que vão ao Fórum Criminal acompanhadas das mães. Enquanto as mães, maioria vítimas, passam por audiência, as crianças podem passar esse período no espaço de laser.
Mesas, cadeirinhas, escorregador, livros, cavalinhos, bolinhas, tapete didático, painel de parede moderno, bonecas, carros e outros são alguns dos itens infantis disponíveis no espaço.
Para colaborar com a iniciativa, na manhã desta quinta-feira, 23, a desembargadora Waldirene Cordeiro, que é coordenadora da Infância e Juventude (CIJ), da Coordenadora Estadual da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar e do Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça do Acre, fez entrega de novos brinquedos para serem utilizados no local.
No ato de entrega, que foi acompanhado pelas juízas de Direito de Proteção à Mulher, Olívia Ribeiro e Louise Santana, e servidores das unidades, a desembargadora disse que os itens foram adquiridos com recursos provenientes da arrecadação do Bazar ‘Chique é ser Solidário’, realizado no dia 12 de dezembro.
Ao parabenizar pela iniciativa, a desembargadora destacou o quanto é importante um espaço acolhedor para oferecer um ambiente seguro e confortável para os pequenos.
“Isso permite que as mães vítimas possam ser atendidas sem a preocupação de deixá-los em um ambiente desconfortável ou de risco emocional. As vítimas de violência doméstica, em sua maioria mulheres, muitas vezes não têm a quem recorrer para cuidar de seus filhos durante os procedimentos judiciais”, disse.
A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, frisou o olhar acolhedor da gestão do TJAC dizendo que a iniciativa se soma a outras ações que buscam proporcionar uma experiência mais acolhedora e menos traumática para quem enfrenta situações de violência doméstica, garantindo que tanto as mulheres quanto seus filhos recebam o atendimento necessário com empatia e cuidado.
“A gestão tem se empenhado nessa questão de humanizar. É nossa preocupação humanizar o atendimento às vítimas, com especial atenção às necessidades das crianças que, além de testemunharem o sofrimento de suas mães, são também afetadas pelas circunstâncias de violência. Agradeço muito a equipe das Varas de Proteção à Mulher por esse local acolhedor que, vai trazer momento de alegria e descontração as crianças, mesmo por pouco tempo que estarão aqui”, ressaltou.
A juíza de Direito da 1ª Vara de Proteção à Mulher, Olívia Ribeiro, lembrou que a entrega oficial do espaço será no dia 31 de janeiro e que até lá, o Núcleo de Apoio Técnico às Varas de Proteção à Mulher, estará recebendo doações de brinquedos.
“Está ficando um espaço bem harmonioso e aconchegante. Nós temos muito a agradecer a presidente do TJAC e a senhora, desembargadora Waldirene, por esse ato de humanização e com certeza os beneficiados serão as vítimas com os filhos”, salientou.
A juíza de Direito da 2ª Vara de Proteção à Mulher, Louise Santana, disse que espaço foi pensado para proporcionar um atendimento mais digno e menos traumático, criando um ambiente onde as crianças possam se distrair e se sentir seguras enquanto suas mães passam pelos trâmites legais.
“Nosso compromisso vai além de julgar os casos, é fundamental que criemos condições para que as vítimas, especialmente as crianças, encontrem um espaço de acolhimento, onde possam se sentir protegidas e confortáveis”, finalizou.