Conhecimento relacionado à área tecnológica e comunicacional propicia uma formação mais segura, qualitativa e eficiente.
Oito novas(os) integrantes da Magistratura Acreana são capacitados pela Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) por meio do Curso de Formação Inicial. Com disciplinas relacionadas a diversas áreas do conhecimento, as atividades compõem a visão interdisciplinar, indo além do universo jurídico, para que sejam capazes de enfrentar os desafios da pós-modernidade. Exemplo desse conteúdo é o módulo “Tecnologia da Informação e das Comunicações e a Atividade Judicante”, ministrado pelo desembargador Laudivon Nogueira, presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
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Realizado na sede do Órgão de Ensino, o encontro ocorreu na tarde dessa segunda-feira (17), com a proposta de fortalecer a atividade jurisdicional, na medida em que o conhecimento relacionado à área tecnológica e comunicacional propicia uma formação mais segura, qualitativa e eficiente.
A aula
Em princípio, o desembargador Laudivon Nogueira assinalou que vivemos atualmente uma ‘Era de da Disrupção’, em que tudo muda a todo momento, com o surgimento de novos sistemas e de ideias inovadoras, que modificam a realidade a nossa volta. “As empresas e instituições que não inovam ficam para trás, por isso temos de nos posicionar, buscando as estratégias que nos permitam alcançar maiores resultados.
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O presidente do TJAC alertou que o mais importante não é a aquisição de máquinas, mas “o treinamento e capacitação” e “a mudança de cultura”, de modo que se perceba na Justiça Estadual que as pessoas são as verdadeiras as protagonistas. “Porém, não se pode perder de vista a contribuição das tecnologias à otimização do trabalho e à melhoria prestação de serviços à sociedade”, completou.
O presidente do TJAC expôs diversos assuntos, como comunicação e interoperabilidade de sistemas, os processos de segurança e de riscos, a relevância dos recursos humanos, orçamentários e tecnológicos; o uso da Inteligência Artificial (IA) nas organizações, o uso de provas e demais documentos no ambiente digital, os avanços do TJAC (das folhas de papel à virtualização dos processos), etc. Discorreu sobre os princípios de autenticidade, integridade, validade, confiabilidade e disponibilidade dos documentos eletrônicos, como características “importantes para garantir a qualidade e a confiança nos dados armazenados em um sistema de informação”.
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Laudivon Nogueira ressaltou que o Tribunal investirá cada mais em tecnologia, a exemplo da Gestão de Riscos permanente, como estratégia de segurança da informação, a qual permite identificar e mitigar ameaças potenciais antes que elas causem danos à Instituição.
“A aula proporcionou uma visão abrangente sobre a evolução tecnológica. O conteúdo abordado permitiu não apenas o aprofundamento no histórico de inovações do Tribunal de Justiça do Acre, mas também uma melhor compreensão dos avanços que vêm moldando o seu funcionamento”, analisou a juíza de Direito substituta Natália Guerreiro.
A magistrada considerou que o módulo trouxe orientações essenciais sobre o uso responsável da IA, destacando a importância de equilibrar a celeridade dos processos com a preservação do sigilo dos dados. “Foi, sem dúvida, uma experiência enriquecedora e indispensável para compreendermos os desafios e oportunidades da inovação tecnológica no âmbito do Judiciário”, concluiu.
O curso
O Curso de Formação Inicial é composto por 14 disciplinas teóricas e 12 práticas, com um total de 512 horas-aula, compõem o curso, que se estenderá até o mês de abril deste ano. Os encontros presenciais acontecem das 8h às 12h e das 14h às 18h na Esjud, afora atividades externas em unidades judiciárias e outras instituições.