Encontro foi uma oportunidade de alinhamento estratégico sobre o curso e troca de experiências
Diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), o desembargador Luís Camolez reuniu-se com as(os) novas(os) magistradas(os) que integram o Curso de Formação Inicial, promovido pelo Órgão de Ensino. O encontro foi pautado pelo alinhamento estratégico acerca do andamento da ação educacional, que será concluída na metade de abril, e pela troca de informações sobre a carreira da Magistratura.

O desembargador-diretor adotou um tom informal, ao descortinar as diversas etapas de sua trajetória na Justiça Acreana, onde foi empossado como juiz em 1996, especialmente no interior do Estado, onde será de igual modo a atuação inicial das(os) novas(os) juízas(es).
O magistrado também passou pela Vara Cível de Cruzeiro do Sul e pela Comarca de Sena Madureira. Já em Rio Branco, foi titular da Vara de Órfãos e Sucessões de Rio Branco por muitos anos, onde permaneceu até ser empossado em 2018 como desembargador, pelo critério de antiguidade.
“A ideia foi transmitir um pouco de experiência e vivência pelo lapso temporal de Magistratura”, frisou em princípio.
Luís Camolez defendeu que é necessário conhecer a cultura e as características históricas e geográficas locais, sobretudo nos lugares mais distantes, exercendo com excelência o papel de garantir direitos, mas sem perder de vista a simplicidade no tratamento da população. Ou seja, mais do que atender, é necessário acolher; mais do que julgar, é preciso se colocar no lugar das pessoas (empatia), dar-lhes a atenção.
O diretor do Órgão de Ensino assinalou a importância da independência do magistrado, a qual que deve ser conduzida como um farol que não se apaga, do começo ao fim da atividade judicante.
Ainda de acordo com o desembargador, nas comarcas do interior há necessidade de se estabelecer uma gestão colaborativa, uma vez que três cargos são essenciais para a distribuição de justiça. O de magistrado, o de promotor e o de advogado/defensor. “Embora as funções em si sejam independentes, cada qual com as especificidades, o trabalho é em prol do jurisdicionado. A resposta dada judicialmente, muitas vezes a última porta para solução dos seus problemas, é resultado de um trabalho conjunto”, afirmou, ao ressaltar a necessidade de união de esforços das instituições no cotidiano.
O juiz de Direito Bruno Gonçalves, um dos alunos do curso, considerou a atividade bastante proveitosa.
“Um compartilhamento de experiência muito gratificante para nós, recém-empossados no cargo. A melhor forma de conhecer o caminho que iremos percorrer é sabendo de quem já passou por ele”, avaliou.