Desembargador Luís Camolez participa de Congresso Copedem sobre Justiça e tecnologia

Evento acontece no Rio de Janeiro e traz à reflexão assuntos relevantes diante da revolução tecnológica

Com reflexões sobre ética e o uso responsável da inteligência artificial, o Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem) coloca em perspectiva o papel da Justiça diante da revolução tecnológica. Iniciado na quinta-feira (10), o Congresso acontece no Rio de Janeiro até este sábado (12), com autoridades de todo Brasil, incluindo o desembargador Luís Camolez, diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud).

Esta edição celebra duas décadas de atuação do Colégio, com o tema “Construindo o futuro com tecnologias inteligentes: perspectivas contemporâneas no desenvolvimento do sistema judicial, do direito e dos negócios”. A abertura foi realizada pelo anfitrião, desembargador Marco Villas Boas, que é presidente do Copedem e diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat). O magistrado assinalou a importância do atual cenário do Judiciário brasileiro, em face às transformações constantes provocadas pela inteligência artificial generativa.

“A tecnologia deve servir à humanidade, e não o contrário. A inteligência artificial, por mais avançada que seja, não pode substituir o ser humano, especialmente no que tange ao julgamento, à empatia e à sensibilidade que devem permear a justiça”, ponderou o presidente do Copedem.

Para o desembargador Luís Camolez é essencial no contexto contemporâneo analisar o impacto que as tecnologias assumem na dinâmica das instituições, seja na sua estrutura interna, seja na melhoria dos serviços prestados à sociedade. O diretor considera que as escolas judiciais devem se modernizar, mas sem perder a essência, com soluções mais eficientes focadas na cidadania e na inclusão.

 

O congresso

O evento reúne ministros, desembargadores, pesquisadores, especialistas do setor privado e representantes de instituições nacionais e internacionais em uma ampla programação (veja aqui), com painéis e experiências práticas de uso de tecnologias no sistema de justiça.

O ministro Ricardo Cueva, do Superior Tribunal de Justiça, ressaltou que é necessário estabelecer um debate ético e regulatório sobre o uso de tecnologias na Justiça, apontando o papel do Judiciário “na mediação entre inovação e responsabilidade institucional”.

Representando o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Cláudio Dell’Orto, também pontuou, em sua fala, o papel das escolas judiciais na construção de um Judiciário preparado para o futuro.

“A formação é o ponto de partida, mas é o aperfeiçoamento contínuo que garante que juízes e desembargadores estejam preparados para os novos desafios e tendências. E a IA é uma dessas frentes. Se os advogados já estão usando essas ferramentas, os juízes também precisam estar prontos para isso”, concluiu.

Ainda por ocasião do primeiro dia, também foi realizada a entrega da Medalha Desembargador Antônio Rulli Júnior, honraria que reconhece contribuições relevantes ao sistema de justiça. Foram agraciados o desembargador Cláudio Dell’Orto (em nome do desembargador Ricardo Couto, presidente do TJRJ), a senadora Kátia Abreu e a presidente da OAB-RJ, Ana Basílio.

Sexta-feira

Nesta sexta-feira (11), um dos destaques foi o painel foi “IAG ativa: uso prático de IAG responsável pelo Poder Judiciário e abordagens de adoção de IAG para gabinetes de magistrados”. Com moderação do desembargador Marco Villas Boas, a atividade teve participação dos professores Ana Bliancherie e Luciano de Araujo, ambos da Universidade de São Paulo (veja foto abaixo).

Também são debitadas temáticas como “A nova onda de evolução tecnológica no Poder Judiciário: Serviços distribuídos e agentes virtuais” e “Automação de Processos Jurídicos: Reduzindo a Burocracia e Potencializando o Trabalho Estratégico”.

A programação (veja íntegra aquitambém inclui os seguintes temas:

•    IA generativa e tomada de decisões judiciais;

•    Ética, responsabilidade e regulação da IA;

•    Cibersegurança, privacidade e proteção de dados;

•    Inovações no setor jurídico, financeiro, agro e da saúde;

•    Blockchain, contratos inteligentes e novos modelos de negócio;

•    Formação tecnológica nas escolas da Magistratura.

Marcos Alexandre/Esjud | Comunicação TJAC

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