Capacitação dividida em dois módulos, teórico e prático, busca aprimorar os serviços prestados pela Justiça.
Com intenção de promover a conciliação e evitar litígio, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Escola do Poder Judiciário (Esjud), está capacitando 32 servidores com o curso “Formação para Mediador Judicial”. A atividade iniciou nesta segunda-feira, 9, e encerra no próximo sábado, 14.
A qualificação, dividida em dois módulos, teórico e prático, é reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), órgão oficial de credenciamento de instituições para realização desse treinamento.
A abertura da atividade contou com a presença do desembargador-presidente do TJAC, Francisco Djalma, o diretor da Esjud, desembargador Roberto Barros, a coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Waldirene Cordeiro, e o diretor de Gestão Estratégica (DIGES) do TJAC, Euclides Bastos.
Para o presidente do TJAC, desembargador Francisco Djalma, esta é uma oportunidade de aprimoramento dos serviços prestados pelo Judiciário Acreano. “O curso nos auxiliará a melhorar cada vez mais nossa estrutura de trabalho”, comentou o magistrado.
Formar para mediação
A facilitadora da formação, juíza de Direito Maha Manasfi, e quatro instrutoras do Tribunal de Justiça do Estado do Paraíba (TJPB), Janecleide Lázaro, Alessandra Rocha, Elizabete Gomes e Liliane Bandeira, conduzirão a formação até sábado.
Entre os temas abordados estão: panorama histórico dos métodos consensuais de solução de conflitos; a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado de conflitos; cultura da paz e métodos de solução de conflitos; Teoria da Comunicação, Teoria dos Jogos; Moderna Teoria do Conflito; Negociação; Conciliação; e Mediação.
O desembargador Roberto Barros, expôs que o treinamento busca incentivar o exercício da mediação no âmbito judicial, salientando o esforço da administração do TJAC e o apoio do TJPB na concretização do curso. “É uma mudança de mentalidade, saindo do embate para conciliação e mediação”, afirmou.
A coordenadora do Nupemec, desembargadora Waldirene Cordeiro, também enfatizou a necessidade da mudança nos parâmetros de formação dos profissionais na área jurídica com objetivo de estimular a mediação e conciliação. “Vivenciamos um momento de desconstruir a ideia da litigância”, disse.
Já a juíza de Direito Maha Manasfi destacou que “o curso é uma grande conquista do Tribunal de Justiça, pois iniciamos a primeira turma de mediadores, tudo nos moldes da Enfam. É um curso longo e os participantes sairão preparados para mediarem. Nosso objetivo é tentar reduzir a distribuição de processos que serão resolvidos em fases pré-processuais, evitando que esses litígios cheguem ao judiciário”.