A ação foi realizada no Educandário Santa Margarida, Casa Sol Nascente e Maria Tapajós
Na última sexta-feira, 28, a coordenadora estadual da Infância e Juventude, desembargadora Regina Ferrari, e a juíza auxiliar da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco, Isabelle Sacramento, realizaram visita institucional às casas de acolhimento de crianças e adolescentes da capital acreana.
O objetivo da inspeção foi verificar as condições pessoais, estruturais e educacionais dos acolhidos, bem como dialogar com os profissionais das unidades sobre a problemática enfrentada durante o período de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. Na oportunidade, foi possível checar os Planos Individual de Atendimento (PIA), instrumento que norteia as ações que viabilizam a proteção integral, para otimização dos resultados.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a casa de acolhimento, quando em pleno funcionamento, pode oferecer um ambiente adequado e afetivo, que ajude o público atendido enquanto estão em condição de vulnerabilidade. Essa estrutura é fundamental para o desenvolvimento, autonomia e retorno à convivência familiar.
Entretanto, a desembargadora destacou que as crianças e adolescentes em acolhimento institucional apresentam uma série de dificuldades e sofrimentos, uma vez que estão em um local que não lhe é familiar, de caráter artificial, com cuidadoras desconhecidas, exercendo o trabalho de maneira rotativa.
Então, para que o quadro atual fosse melhor, é necessário mais engajamento da sociedade. “O cuidado com as crianças e adolescentes é dever do Estado, da família e da sociedade. Contudo, a sociedade não tem se envolvido nessa missão, uma vez que é baixo o número apadrinhamentos solidários, famílias acolhedoras, voluntários e baixo o número de famílias interessadas em adoção tardia. Por isso, seguimos difundindo informações e fomentando programas sociais para impactar a vida dessas crianças e adolescentes que precisam de nós”, concluiu.