Sessão foi marcada com a apresentação das ações desenvolvidas na gestão do desembargador Francisco Djalma, que se despede do comando da presidência do TJAC
Com o Pleno quase vazio, somente com dois desembargadores e alguns servidores responsáveis pela transmissão da sessão presentes e mantendo o distanciamento necessário nessa época de pandemia da COVID-19, é que ocorreu a abertura do ano judiciário de 2021 da Justiça do Acre e a despedida da atual gestão, Biênio 2019-2021, nesta quarta-feira, 3.
Os dois desembargadores presentes eram: Francisco Djalma, que entrega a presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), na próxima sexta-feira, 5, e Waldirene Cordeiro, que assume a liderança da instituição. Os outros 10 membros da Corte da Justiça acreana participaram da sessão de forma remota, tal como aconteceu muitas vezes durante o ano de 2020.
Dessa forma diferente, mas, necessária para preservação da saúde, aconteceu a 1ª sessão deste ano do Tribunal Pleno Administrativo. Os desembargadores julgaram cinco processos e realizaram o ato solene da abertura do ano judiciário, que mesmo sendo feito de forma híbrida, com os dois membros presentes e os demais participando por videoconferência, manteve o clima de gratidão e despedida, já que esta também foi a última sessão que o desembargador Francisco Djalma presidiu estando a frente da gestão administrativa do Judiciário estadual.
Dever cumprido
Na ocasião foi apresentado vídeo relatando as ações da gestão, no Biênio 2019-2021. O material desenvolvido pela equipe da Diretoria de Informação Institucional, por meio da Gerência de Comunicação, apontou as principais frentes de atuação, que foram: o estabelecimento de uma gestão compartilhada; a priorização do 1º Grau de jurisdição; os avanços tecnológicos; ações de combate à criminalidade e enfrentamento a crise nos sistemas penais e socioeducativo; além, dos projetos voltados para proteção dos direitos humanos, buscando aproximar o Judiciário do cidadão, enfrentar a violência doméstica e familiar e garantir direitos.
Veja aqui o vídeo
O desembargador-presidente, Francisco Djalma, aproveitou o momento para agradecer a todos, desembargadores, juízes, servidores, colaboradores, por engajarem-se e contribuírem com os projetos da gestão. O magistrado apontou as dificuldades, redução orçamentária e a pandemia da COVID-19, mas concluiu estar satisfeito, por ter feito o melhor dentro das condições.
“Essa é a última sessão que presido com muita honra e satisfação, pensando sempre no engrandecimento do Poder Judiciário do Acre. Sinto-me muito honrado pela outorga por ter estado à frente desta instituição, sobretudo, em um momento de grande dificuldade, o mundo inteiro está aflito diante dessa situação que nos encontramos. Infelizmente, vidas foram ceifadas e há um clima de preocupação latente. Mas, mesmos diante dessas dificuldades, conseguimos concluir nossa gestão. De modo que quero agradecer a todos e a palavra que quero encerrar esses trabalhos é gratidão. Gratidão aos colegas de gestão, aos desembargadores, juízes auxiliares, juízes de 1º Grau, servidores, colaboradores”.
Superação dos desafios
Todos os desembargadores do TJAC fizeram falas se despedindo da atual gestão, agradecendo os esforços, especialmente, no momento da crise sanitária e também congratulando a nova gestão que irá assumir o comando do Judiciário acreano pelos próximos dois anos, iniciando em fevereiro de 2021 e encerrando em fevereiro de 2023.
Ao avaliar o trabalho realizado, o vice-presidente, desembargador Laudivon Nogueira, discorreu sobre como foram superados os desafios. “Não foi fácil. Nós nos deparamos não só com a crise econômica, social, mas a crise sanitária. Tivemos que enfrentar situações imprevistas, tivemos que reinventar, refazer e tivemos que mudar isso tudo de uma hora para outra, em questão de dias. O presidente sempre esteve preocupado em garantir o funcionamento e continuidade da instituição. Como um capitão de um navio conduziu com segurança, quando a tempestade era grande”, disse Nogueira.
Já o desembargador Júnior Alberto, que liderou a Corregedoria-Geral da Justiça (Coger) nesses dois anos, elencou os resultados da gestão. Conforme o magistrado, a Coger editou 57 provimentos, regulamentando os fluxos nas unidades, dos sistemas novos, como os de prestação de contas e também apontou que as Metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foram cumpridas, tanto que resultaram na premiação com Selo Ouro.
“Procurei me dedicar e dar o melhor de mim para o aprimoramento e modernização do nosso Poder Judiciário e graças à Deus e com a ajuda de todos conseguimos trazer inovações, que tornaram mais eficiente a prestação dos serviços jurisdicionais e trouxeram a redução de custos e melhoria de arrecadação dentro da nossa instituição. Ao longo do período trouxemos sistemas novos para melhorar a fiscalização das serventias extrajudiciais e nosso trabalho. Nossa gestão foi marcada pelo entendimento e pela mútua ajuda, pelo profundo respeito”, comentou Júnior Alberto.
Quem também falou da marca dessa gestão foi a decana da Corte de Justiça, desembargadora Eva Evangelista. “O título a conferir para essa gestão administrativa é de o superação dos desafios. Esta administração composta pelos desembargadores Francisco Djalma, Laudivon Nogueira, Júnior Alberto e Roberto Barros, na Escola do Poder Judiciário, foi inovadora, buscou formas de trabalhar, de se reinventar”, finalizou.