As receitas e os ingredientes tiraram o grupo da rotina e o resultado foi compartilhado com alegria no lanche.
As situações de acolhimento institucional de crianças e adolescentes são medidas protetivas contra ameaças ou violações dos direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atualmente, estão na Casa de Acolhimento Dr.ª Maria Tapajós oito adolescentes e uma criança.
O Tribunal de Justiça do Acre, por meio da Coordenadoria Estadual da Proteção à Infância e Juventude, tem incentivado instituições, empresas e voluntários a colaborem, ofertarem cursos ou até mesmo apadrinharem uma criança ou adolescente, como um recurso para estimular e apoiar o desenvolvimento cognitivo e socio-emocional desse público em vulnerabilidade.
Na última semana, as meninas participaram de uma oficina de pães e bolos, promovida pela coordenação da casa de acolhimento e educadores plantonistas. As receitas e os ingredientes tiraram o grupo da rotina e o resultado foi compartilhado com alegria no lanche.
A aprendizagem colabora com o sentimento de acolhimento, além de gerar mais autonomia e independência. “Muitas delas não tem nenhuma referência familiar, então a gente dá essa oportunidade de aprendizado e elas tem aproveitando bastante. É muito gratificante poder fazer a diferença na vida de cada uma e auxilia-las a enfrentar uma fase difícil”, disse a coordenadora Ana Paula Souza.
A desembargadora Regina Ferrari parabenizou a iniciativa e reforçou o convite para que mais pessoas possam integrar o programa Arte de Ser. “O acolhimento institucional tem, em princípio, capacidade de oferecer as crianças e as adolescentes um ambiente para que os conflitos familiares sejam superados, todavia a sociedade também pode abraçar essa causa e impactar vidas de uma forma positiva e única”, concluiu.