Desembargadora Eva Evangelista representa TJAC em solenidade alusiva aos 61 anos do Estado

Tradicional solenidade alusiva ao aniversário aconteceu na Praça da Gameleira, em Rio Branco.

No dia 15 de junho é celebrado o aniversário do Estado do Acre. Data em que o Acre deixou de ser território federal para se tornar estado conquistando, enfim, sua autonomia política e administrativa. Essa vitória, que enche o peito de cada acreano de nobreza, constância e valor, completou 61 anos nesta quinta-feira e a tradicional solenidade alusiva ao aniversário aconteceu na Praça da Gameleira, em Rio Branco.

O governador Gladson Cameli e demais autoridades acompanharam o repertório único dos músicos da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e da banda da PM, a cerimônia iniciou com a receptividade de alunos dos Colégios Tiradentes e Dom Pedro, sob a orientação da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC) e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBMAC), respectivamente, e teve condecoração com a Ordem da Estrela do Acre.

“Parabéns para ao Acre, e vamos sempre unidos com muita firmeza, com muita democracia vencer os desafios”, celebrou o governador Gladson Cameli na cerimônia.

 

A desembargadora Eva Evangelista, ouvidora da Mulher do Tribunal de Justiça do Acre e coordenadora estadual das Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar, esteve na solenidade representando a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, e falou da importância da luta pela integração do estado do Acre ao território brasileiro e  destacou que essa luta foi uma das mais difíceis e desafiadoras da história do Brasil.

“São 61 anos de autonomia do nosso Estado. Uma saga que iniciou com os autonomistas e antes disso com os povos originários. Mas gostaria, com essa saudação em nome do Tribunal de Justiça, lembrar das mulheres que contribuíram para construir esse Acre moderno, contemporâneo”, disse.

A desembargadora enfatizou ainda que “as mulheres acreanas enfrentaram grandes dificuldades e adversidades, muitas vezes colocando suas próprias vidas em risco, para lutar por seus direitos e pela integração do estado ao Brasil. Essas mulheres anônimas são verdadeiras heroínas, cuja coragem e determinação foram fundamentais para que o Acre se tornasse parte do país”, complementou.

Nesse sentido, a decana da Corte acreana, simbolicamente celebrou o Acre nesta data, homenageando todas as mulheres acreanas por meio do poema de Maya Angelou. 

Poema “Ainda assim eu me levanto”.

Você pode me riscar da História

Com mentiras lançadas ao ar.

Pode me jogar contra o chão de terra,

Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.

 

Minha presença o incomoda?

Por que meu brilho o intimida?

Porque eu caminho como quem possui

Riquezas dignas do grego Midas.

 

Como a lua e como o sol no céu,

Com a certeza da onda no mar,

Como a esperança emergindo na desgraça,

Assim eu vou me levantar.

 

Você não queria me ver quebrada?

Cabeça curvada e olhos para o chão?

Ombros caídos como as lágrimas,

Minh’alma enfraquecida pela solidão?

 

Meu orgulho o ofende?

Tenho certeza que sim

Porque eu rio como quem possui

Ouros escondidos em mim.

 

Pode me atirar palavras afiadas,

Dilacerar-me com seu olhar,

Você pode me matar em nome do ódio,

Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.

 

Minha sensualidade incomoda?

Será que você se pergunta

Porquê eu danço como se tivesse

Um diamante onde as coxas se juntam?

 

Da favela, da humilhação imposta pela cor

Eu me levanto

De um passado enraizado na dor

Eu me levanto

Sou um oceano negro, profundo na fé,

Crescendo e expandindo-se como a maré.

 

Deixando para trás noites de terror e atrocidade

Eu me levanto

Em direção a um novo dia de intensa claridade

Eu me levanto

Trazendo comigo o dom de meus antepassados,

Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.

E assim, eu me levanto

Eu me levanto

Eu me levanto.

Assessoria/Fotos: Diego Gurgel | Comunicação TJAC

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