Agenda educacional foi direcionada à formação humanística, interdisciplinar e à prática da atividade judicial
No atual cenário pós-moderno, em que muito se fala sobre as novas tecnologias, inclusive o uso da Inteligência Artificial (IA), o maior desafio é não perder de vista o protagonismo da humanidade. Pensando nisso, a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) lançou dois módulos especiais no Curso de Formação Inicial para Magistradas(os): “Liderança, relações interpessoais e interinstitucionais” e “Gerenciamento de riscos e crises”.
As(os) novos integrantes da Justiça Estadual foram capacitados durante quatro dias seguidos por meio da agenda educacional, que concorre para o aprimoramento profissional e cumprimento da Resolução nº 2/2016 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), com ênfase à formação humanística, interdisciplinar e à prática da atividade judicial. Ambos os módulos, com 30 horas-aula somadas foram ministrados pela juíza federal Ana Cristina.
Diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), o desembargador Elcio Mendes tem se valido de uma perspectiva de gestão alicerçada na busca permanente da qualificação, do aprimoramento técnico, mas colocando em primeiro lugar o acolhimento e a valorização para, em seguida, alcançar-se maior profissionalismo. Segundo ele, o conhecimento e as ferramentas, quando bem alinhados, favorecem a obtenção de melhores resultados na prestação jurisdicional e dos demais serviços oferecidos à sociedade.
O juiz de Direito Cloves Ferreira, formador da Esjud e supervisor da Formação Inicial, apresentou a facilitadora à turma. “Estão nas melhores mãos, a professora possui ampla expertise na área e formação internacional. Que seja um tempo produtivo, de descobertas e aprendizagem, acrescidas às experiências que já possuem”, desejou.
A formação
Ana Cristina conduziu a atividade sob o prisma da Gestão de Pessoas. De acordo com a magistrada, a formação jurídica não é mais suficiente para que se possa exercer a Magistratura com excelência. “Precisamos desenvolver competências relacionadas à Gestão de Equipes. Nesta formação, trabalhamos as temáticas de Autoconhecimento, Liderança, Proatividade, Comunicação, Feedback, Resolução de Conflitos, Governança e Teorias da Motivação”, explicou.
A metodologia utilizada foi a Pedagógica Ativa, na qual as(os) alunas(os) são os protagonistas do processo de ensino/aprendizagem, estabelecendo-se sempre um link entre a teoria exposta e a realidade prática, a qual será enfrentada pelas(os) magistradas(os) em suas futuras unidades.
Juíza federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a formadora também assinalou durante as aulas que atualmente é preciso saber identificar as áreas que precisam de mudanças, priorizar tarefas, construir habilidades pessoais e saber lidar com as emoções.
“Foi de muito aprendizado. Analisamos as situações de resolução de conflitos, bem como técnicas de como gerir uma equipe de trabalho. Essa aprendizagem será de grande valia, tendo em vista que é de extrema importância saber lidar com diferentes tipos de pessoas no âmbito da atuação jurisdicional e administrativa”, avaliou a juíza de Direito substituta Rayane Gobbi.