Mulher que foi vítima de violência doméstica, reencontra desembargador Samoel Evangelista e revela homenagem que fez à ele

Depois de 21 anos que foi atendida pelo então promotor Samoel Evangelista, na cidade de Tarauacá, Francisca conta que, ao sair do ciclo de violência doméstica, adotou uma criança e homenageou o desembargador registrando-a com seu nome

No mês de junho, o município de Tarauacá recebeu três ações do Tribunal de Justiça do Acre, realizadas na presença da presidente, desembargadora Regina Ferrari, e do corregedor-geral da Justiça, desembargador Samoel Evangelista. E foi durante essas agendas que uma história comovente de superação e gratidão foi revelada, quando Francisca de Assis Azevedo, 64 anos, reencontrou o desembargador.

Após 21 anos, ambos se reencontraram no Fórum Desembargador Mário Strano. Francisca, visivelmente emocionada, compartilhou sua história com o desembargador Samoel. Ela relembrou um passado marcado por um relacionamento abusivo e violência doméstica, culminando em uma separação perigosa, na qual seu ex-marido tentou tirar-lhe a vida. Naquela época, Francisca era mãe de três crianças: uma menina de seis anos, outra de três e o caçula, com apenas um ano de idade. A filha mais velha é Dalvani Azevedo, hoje diretora da Divisão de Estabelecimentos Penais Femininos de Rio Branco.

Foi durante o processo judicial de separação que Francisca conheceu o desembargador Samoel Evangelista, na época atuando como promotor de Justiça em Tarauacá. O desembargador cuidou de todo o processo legal e possibilitou que Francisca recebesse apoio de órgãos competentes para se reerguer e romper com o ciclo de violência no qual vivia.

 

Mesmo enfrentando desafios como mãe solteira de três filhos, Francisca seguiu sua caminhada e, com muita doação e amor, ainda tomou a decisão de adotar Samuel Azevedo.

Samuel ainda não era registrado, mas todos o chamavam por Edmundo, um menino cuja mãe trabalhava para sua irmã e dizia que não tinha condições de criá-lo, já tendo oferecido a outras famílias diversas vezes. Francisca decidiu então adotá-lo, mas desde logo comunicou que não manteria o nome escolhido pela mãe biológica, pois sentia o desejo de fazer uma homenagem, como gesto de gratidão, pela ajuda que havia recebido em um momento tão delicado de sua vida. 

Foi o desembargador Samoel que a auxiliou em todo o processo de adoção, dando a Francisca o suporte necessário para ela seguir adiante, longe do ciclo de violência que a assombrava. “Ele cuidou de todo o processo e permitiu que eu recebesse o apoio que eu precisava naquele momento para seguir firme na decisão de me manter separada e sair do ciclo de violência. Quando eu adotei meu filho, senti na hora em meu coração, que ele deveria receber o nome de Samuel como uma homenagem”, compartilhou Francisca, emocionada.

O apoio recebido foi fundamental para tirá-la da situação de vulnerabilidade e violência em que se encontrava. Atualmente, Samuel, com 24 anos, é técnico em radiologia e está construindo sua própria história. A trajetória de Francisca e Samuel é um testemunho inspirador de como a rede de apoio e o olhar atento dos profissionais que atuam no Sistema de Justiça são essenciais para contribuir na transformação de vidas. “Eu sou eternamente grata ao desembargador Samoel, por tudo que ele representa na vida de minha família, por ter me ajudado a sair do pesadelo que eu vivia e ter trilhado um outro caminho junto a minha família”, disse Francisca. 

 

Texto: Andréa Zílio / Foto: Elisson Magalhães | Comunicação TJAC

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