Ação foi realizada pela Assessoria Militar (Asmil) do TJAC e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC); atividade simulada encerrou cronograma de atividades
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) encerrou com sucesso, na última sexta-feira, 30, o Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndios, do qual participaram servidores (as) e agentes de segurança com atuação nas unidades administrativas e jurisdicionais da sede-administrativa do TJAC.
A ação, que teve carga horária de 40 horas e participação de 23 alunos, foi promovida pela Assessoria Militar (Asmil) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), no Centro de Treinamento das Forças Policiais.
Durante o curso, os participantes puderam aprender sobre as formas corretas de atuação em cada tipo de situação, abordagem, equipamentos e manuseio correto das ferramentas atualmente disponíveis para debelar com a maior rapidez possível incêndios em locais abertos e fechados, vazamento de gás, primeiros-socorros, abandono de área, entre outros aspectos da função de brigadista.
Uma atividade simulada de incêndio no prédio-sede serviu não somente como encerramento do curso, mas também testou a capacidade real dos brigadistas do TJAC em realizar a evacuação controlada do prédio. Após acionado o alarme, os participantes imediatamente entraram em ação e, posicionados em pontos estratégicos do prédio-sede, executaram com êxito o esvaziamento do edifício em tempo hábil para proteger os (as) serventuários (as) e possibilitar as condições mais favoráveis à atuação do CBMAC.
Ao final da simulação, na presença de todos os (as) outros (as) servidores (as) e magistrados (as), os participantes do Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndio receberam das mãos dos integrantes da Administração do TJAC.
A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, demonstrou satisfação com os resultados obtidos pela equipe de brigadistas e destacou a importância da formação para a segurança coletiva do corpo de magistrados (as) e servidores (as) do Poder Judiciário.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado desse curso, que não só permitiu capacitar nossos servidores para atuar com destreza em situações de incêndios e outros sinistros, mas nos possibilitou garantir um nível maior de segurança ao corpo de magistrados e servidores do Poder Judiciário, que são nosso maior ativo. Nossos valorosos servidores abraçaram essa causa e, como vocês puderam ver na atividade simulada, estão plenamente aptos a nos auxiliar no caso de emergências, até a chegada dos bombeiros, diminuindo, assim, consideravelmente, as chances de quaisquer intercorrências”, disse a desembargadora-presidente.
O corregedor-geral da Justiça e coordenador da Comissão Permanente de Segurança do TJAC, desembargador Samoel Evangelista, enfatizou que a formação em brigadista não só prepara a pessoa para agir em emergências, mas também pode ser uma experiência enriquecedora que contribui para a segurança e bem-estar geral.
“Isso nos deixa muito felizes. Ver não somente que nossos servidores de fato compreenderam a necessidade de nós tenhamos mais brigadistas, mas que eles realmente abraçaram essa causa, que é de todo Poder Judiciário. Com certeza, nós conseguimos, com a formação desses novos brigadistas, aumentar consideravelmente nosso nível de resposta a possíveis sinistros na sede do TJAC”, apontou o corregedor-geral da Justiça.
O vice-presidente do TJAC, desembargador Luís Camolez, elogiou a capacidade dos novos brigadistas voluntários do PJ. O magistrado de 2º grau também ressaltou a necessidade de salvaguardar a ordem nas unidades administrativas e judiciais – o que inclui a capacidade do próprio corpo de serventuários (as) de saber reagir a possíveis sinistros nos prédios.
“Fico muito feliz por ver o envolvimento dos nossos servidores com a causa da segurança nas instalações do Poder Judiciário. Para desenvolver nossas atividades é preciso haver um ambiente de ordem, mas também de proteção, de defesa dos nossos magistrados e servidores, que diariamente atuam para a distribuição da Justiça. Nada mais justo que homenagear os formandos. Primeiro, pela iniciativa de participar do curso, segundo, porque eles realmente mostraram um alto nível de comprometimento com o Judiciário – e isso é digno de louvor”, comentou o vice-presidente do TJAC.
A chefe da Assessoria Militar do TJAC, a tenente-coronel Alexsandra Rocha, avaliou a atividade e se disse satisfeita com os resultados, assinalando que a presença de novos brigadistas voluntários no PJ é uma demanda que se reveste de especial importância, à medida que o contingente de bombeiros militares no órgão não é suficiente para permitir que a Asmil atue de maneira isolada, em caso de incêndios.
“Em dois minutos a gente conseguiu evacuar todo o prédio com a chegada dos bombeiros. Então a gente fez essa avaliação e constatamos que os brigadistas fizeram tudo o que aprenderam no curso com excelência. Todos os sistemas de incêndio funcionaram, que era uma observação que a gente queria fazer, desde as luminárias, detectores de fumaça, o alarme de que estava ocorrendo um sinistro. Então, a gente ficou bem contente com o final do curso, com o quanto os brigadistas, que são servidores do Tribunal de Justiça, conseguiram absorver e entender a importância de não salvar só a sua vida, mas também a do colega que está no gabinete. Eu estou bem satisfeita”, comentou a chefe da Asmil.
Para o agente de segurança Neill Abjdid, um dos concludentes do curso, a atividade foi um sucesso, pois conseguiu atingir o propósito de capacitar toda a turma a atuar de forma efetiva, com verdadeiro conhecimento acerca das dinâmicas que um possível sinistro pode impor, caso de fato aconteça.
“O curso foi de fundamental importância para nós servidores e foi repassado de uma forma leve, mas bem objetiva, onde nós aprendemos sobre combate a incêndio, que é uma coisa que tem que ser dada prioridade. Agora, caso ocorra um sinistro dessa natureza no Tribunal de Justiça, os brigadistas estão aptos a enfrentar o desafio”, ponderou Neill Abjdid.
Atuaram como instrutores do Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndios, os sargentos Victor Flores, Michel Evangelista e André Silva, bombeiros militares lotados na Assessoria Militar do TJAC. A atividade de brigadista é regulamentada pela Norma Técnica Brasileira (NBR) 14.276 e pela Norma Regulamentadora (NR) 23.
O curso de brigadistas e o Plano de Ações de Emergência do TJAC
A Assessoria Militar, por determinação da presidência e vice-presidência elaborou um Plano de Ação de emergência (PAE), previsto na NBR 12.519/2005, com o objetivo de estabelecer critérios básicos para atuação da brigada de emergência em casos de sinistros, a partir do levantamento dos riscos de incêndio do edifício-sede do TJAC.
A iniciativa consiste em planejamento prévio, a partir dos dados levantados em campo, para atuação em situações de emergência, a fim de facilitar o reconhecimento da edificação por parte da população e equipes de emergência, proporcionando sua utilização em simulados e treinamentos.
O objetivo principal do Plano de Ação de Emergências (PAE) é buscar a segurança da população fixa e flutuante da edificação em caso de emergência, bem como da população das edificações vizinhas; a segurança dos profissionais responsáveis pelo socorro; o controle eficaz da propagação de incêndio; proteção ao meio ambiente e ao patrimônio do órgão; além da divulgação para a população fixa e flutuante sobre a localização dos meios de combate a incêndio e rotas de fuga.
Após a conclusão do Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndio, a Assessoria Militar, mapeando de forma estratégica os servidores de acordo com a planta baixa da Sede Administrativa, verificando a localidade do seu respectivo local de trabalho, pôde instruir os brigadistas a serem responsáveis por seus colegas de ambiente de trabalho em um possível sinistro e possíveis necessidades de evacuação predial.
Vale ressaltar que a Assessoria Militar do TJAC também promoverá, em breve, um novo curso de formação de brigadistas de incêndio, juntamente com um Plano de Ação de Emergência, contemplando os prédios do Fórum Criminal e dos Juizados Cíveis, na Cidade da Justiça de Rio Branco.