Desembargadora Waldirene Cordeiro e desembargador Nonato Maia foram à escola Meta nesta segunda-feira, 16, conversar com estudantes onde enfatizaram o papel social do Judiciário com a construção de uma sociedade mais justa e fraterna
Qual profissão escolher? É uma pergunta que passa na cabeça de muitos jovens, uma escolha que pesa na definição do futuro. Para auxiliar nesse processo três estudantes do ensino médio elaboraram o projeto “Fórum do Futuro”, convidando profissionais de várias áreas para falarem sobre sua atuação. E nesta segunda-feira, 16, a desembargadora Waldirene Cordeiro e o desembargador Nonato Maia do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) foram ao colégio Meta conversar com alunas e alunos da segunda série do Ensino Médio, participando do terceiro encontro do projeto.
Além dos integrantes do Judiciário estavam presentes a procuradora de Justiça Patrícia Rêgo e o estudante do nono período de Direito da Universidade Federal do Acre (Ufac), Asaph Mendonça, que se formou na escola no ano de 2019.
O diálogo abordou temas como o momento da escolha da profissão, casos que marcaram a vida dos profissionais e reformas necessárias no Poder Judiciário. Durante a conversa, foram debatidos assuntos transversais. As convidadas e os convidados discorreram sobre suas disciplinas preferidas e sobre tópicos que requerem a atenção de todas as profissões, como violência doméstica, feminicídio, abuso e exploração sexual infantil, proteção dos direitos e garantias fundamentais para grupos vulneráveis, emergência climática e poluição atmosférica.
A desembargadora, que também lidera a Coordenadoria da Infância e Juventude do TJAC, compartilhou sua trajetória profissional e aconselhou os estudantes a se dedicarem aos estudos. Mais importante ainda, ela os incentivou a contribuir para a construção de um mundo mais justo e fraterno.
“O nosso futuro está aqui, são vocês que vão gerir o mundo com o entendimento de vocês. Se vocês focarem nessa área com dedicação, com propósito vai dar tudo certo. Mas, estudem. Leitura é o básico. Fiquem firme no propósito de vocês em qualquer carreira que vocês queiram, não se entristeçam se vocês tiverem barreiras, porque todos os dias nós vencemos nossas batalhas, os nossos muros somos nós que devemos derrubá-los. E sejamos a diferença que nós queremos para o mundo melhor, mais fraterno, onde pessoas não morram de fome, onde todos tenham acesso à Justiça”, falou Cordeiro.
O desembargador Nonato Maia explicou como foram os processos seletivos para magistratura, esclareceu sobre a diferença entre juízes de 1º e 2º grau, sobre a promoção ao cargo de desembargador e conclamou os jovens assumirem a responsabilidade com a evolução do desenvolvimento social.
“Agradeço as alunas pelo convite e digo que nada na vida é fácil, nenhum direito é absoluto. Então, as liberdades são exercidas com responsabilidade, ninguém faz o que quer a qualquer momento em todo lugar. Mas, a convivência em sociedade exige isso, que tenhamos esse senso de coletividade, esse senso de responsabilidade e saber que temos um papel social a desempenhar”, disse Nonato.
A adolescente Maria Clara Oliveira Tomé, 16 anos, está decidindo entre as áreas de Direito, Psicologia e Psiquiatria, falou sobre a importância do debate e o papel do Judiciário na sociedade. “Eles apresentaram uma noção de senso, de responsabilidade, de dever com o que estou fazendo, com o que eu pretendo cursar. Não é só chegar e estudar por uma questão financeira, é chegar e fazer a minha parte pela minha sociedade. É importante fazer justiça pelas pessoas que vejo passando dificuldades tanto em situação de rua, quanto crianças que são violentadas e muitos outros casos”.