Presidência do TJAC promove reunião inaugural para escolha de IA Generativa a ser adotada pelo Judiciário acreano

“Nós temos que estar prontos para estes desafios (…). Estamos cumprindo a nossa matriz de gestão, que é a gestão da inovação, com foco no cidadão, com foco no usuário, que é o nosso cidadão que tanto espera de todos nós”, comentou a desembargadora-presidente ao abrir a atividade

A Presidência do TJAC iniciou diálogo com magistradas e magistrados sobre o projeto de realização de prova de conceito para a escolha da Inteligência Artificial (IA) Generativa a ser adotada para utilização no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Acre, conforme disciplinado pela Portaria nº 4.637/2024.

Uma reunião, realizada por videoconferência através da plataforma Google Meet, foi conduzida pelo juiz de Direito auxiliar da Presidência do TJAC, Giordane Dourado, com a colaboração da Secretaria de Apoio aos Órgãos Julgadores (Seapo). Participaram da atividade juízas, juízes, o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Gilberto Matos, além de assessoras e assessores do Judiciário acreano.

A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, destacou a alegria do momento e a importância da adoção de novas tecnologias, inclusive de uma AI Generativa, para conferir mais celeridade e eficiência aos serviços da Justiça, sendo que para que haja uma escolha consensual os magistrados precisam “estar unidos coletivamente para cumprirmos o nosso papel enquanto engajamento de uma instituição a bem dos nossos cidadãos, a fim de que possamos melhorar a celeridade e também a assertividade de muitos argumentos que podemos colher com a colaboração da inteligência artificial”.

“Nós sabemos todos que a Inteligência Artificial não substitui o nosso cérebro, nós somos a última ratio, nós somos a última palavra (…), entretanto, nós temos que estar prontos para estes desafios. E é bem verdade que hoje a inovação é uma questão tecnológica, é uma questão de sobrevivência até neste mercado tão exigente nos dias de hoje. E nós estamos cumprindo a nossa matriz de gestão, que é a gestão da inovação, com foco no cidadão, com foco no usuário, que é o nosso cidadão que tanto espera de todos nós”, concluiu a presidente do TJAC.

Por sua vez, o juiz de Direito auxiliar da Presidência do TJAC, Giordane Dourado, ressaltou que a ação vai permitir ao Poder Judiciário adentrar oficialmente a era da Inteligência Artificial. O magistrado assinalou que aquilo que se esperava para um futuro próximo já é realidade atualmente, send

“Ao longo do tempo, as tecnologias acabaram por mudar completamente a nossa rotina de trabalho e a nossa forma de interação com o jurisdicionado. A nossa forma de pesquisar foi completamente alterada, nossa base de conhecimento foi ampliada depois que veio o processo eletrônico. De dois anos para cá, a pauta de inteligência artificial tem sido constante. A IA, que antes nós imaginávamos como o futuro, não é mais o futuro, é o presente”, disse o juiz de Direito Giordane Dourado. 

“O aprimoramento dessas IAs vai oportunizar um grau de acerto muito grande. E é um caminho que temos que seguir. Imagino que seja importante que todos os juízes participem e coloquem pelo menos alguém da sua equipe para estar juntos. Porque este é um caminho sem volta”, complementou o presidente da Associação de Magistrados do Acre, Gilberto Matos.

Durante a videoconferência, os magistrados debateram acerca dos inúmeros aplicativos de Inteligência Artificial (IA) atualmente disponíveis e seus respectivos recursos, bem como acerca da escolha da opção mais adequada à utilização pelo Poder Judiciário do Estado do Acre. Alguns dos magistrados que participaram da reunião, apresentaram aos demais detalhes de trabalhos já realizados com a ajuda dos aplicativos de IA, no auxílio da atividade judicante. 

Como deliberação do encontro, as magistradas e magistrados do TJAC deverão escolher um dos aplicativos disponíveis no mercado e testá-lo, avaliando sua qualificação ao exercício das atividades do Poder Judiciário do Estado do Acre. O período de testes durará 6 (seis) meses, com a realização de reuniões avaliativas a cada 2 meses.

Marcio Bleiner Roma Felix | Comunicação TJAC

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