Desembargador Luís Camolez integrou encontro que discutiu temas relevantes, como o uso da Inteligência Artificial no Judiciário
Diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), o desembargador Luís Camolez participou em Brasília-DF de encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem). A reunião teve no seu ponto alto a discussão de temas relevantes, tanto à formação, quanto ao aprimoramento dos(as) magistrados(as) brasileiros(as).
O encontro ocorreu na Escola de Formação Judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), com participação do desembargador Marco Villas Boas, presidente do Copedem, que deu as boas-vindas às autoridades locais e de vários estados do Brasil. Também da diretora da Escola Judicial brasiliense, desembargadora Gislene de Oliveira.

Nova resolução
Em princípio, foram discutidas as ações necessárias à realização dos cursos de formação inicial para magistrados(as), com a apresentação de estudos que sirvam como embasamento para a elaboração de uma nova resolução pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), alinhados com os novos desafios contemporâneos. Esse material foi apresentado pelo desembargador Roberto Bacellar (da EJUD/PR), com ênfase na adequação dos cursos das Escolas Judiciais de todo País aos estudos apresentados. Ao mesmo tempo, foram definidas estratégias voltadas ao seu aprimoramento, a exemplo da formação de uma comissão que elabore contribuições para a nova resolução, algo que já está sendo capitaneado pela Enfam.

Inteligência Artificial e outros destaques
Entre outros pontos importantes da reunião esteve a discussão das alterações da Resolução nº 332 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2020, aprovada em fevereiro passado, a qual trata da utilização da Inteligência Artificial (IA) no Poder Judiciário, bem como a Resolução nº 615, de 11 de março de 2025, que estabelece diretrizes para o desenvolvimento, utilização e governança de soluções desenvolvidas com recursos de inteligência artificial (IA) no Poder Judiciário e que busca promover a inovação tecnológica e a eficiência dos serviços judiciários de modo seguro, transparente, isonômico e ético. Nesse sentido, a ideia é beneficiar os jurisdicionados, sem perder de vista a observância de seus direitos fundamentais. As duas resoluções foram apresentadas pelo professor Luciano Araújo com a mediação da professora doutora Ana Carla Bliecheriene, ambos docentes da Universidade de São Paulo (USP).

A reunião também tratou de um curso sobre o IAGen em parceria com a Microsoft Brasil, o progresso do credenciamento de Escolas Judiciais no MEC, a proposta de MBA em Direito Digital em colaboração com a USP, e o calendário de eventos para 2025.
O desembargador Marco Villas Boas apresentou o convênio de FluêncIA com a Microsoft Brasil, atualmente em implementação na Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e com expansão prevista para outras escolas da magistratura ainda este ano.
Homenagens e Eleição
Os desembargadores Roberto Bacellar, Gislene de Oliveira e a professora Ana Carla Bliecheriene foram agraciados com a Medalha de Mérito Acadêmico “Desembargador Antonio Rulli Junior”. O Copedem também contou com informes da Escola Nacional da Magistratura (ENM), apresentados pelo desembargador Caetano Lopes, e foi concluído com a eleição para o cargo de vice-presidente do Copedem e vice-diretor financeiro. Assumem as funções o desembargador Alexandre Miguel, da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) e o desembargador Júlio César de Oliveira, da Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo (EMES), respectivamente.