Presidente do TJAC destacou os diversos benefícios, programas e projetos que têm desenvolvidos em prol do servidor em sua gestão.
De forma transparente e com base no diálogo – marcas de sua gestão -, a desembargadora Cezarinete Angelim recebeu os profissionais da imprensa para uma coletiva que teve como pauta a greve capitaneada pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinspjac).
A presidente do TJAC respondeu a todas as perguntas dos jornalistas, com os quais convive há quase três décadas, desde que passou a integrar a Magistratura Acreana como juíza. Elogiou o trabalho que a imprensa tem desenvolvido no Estado, “já que são os olhos da sociedade, e canais de informação com os cidadãos”.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista coletiva.
“Servidor do Judiciário é meta da gestão para este Biênio, é prioridade máxima. Nós temos, desde o ano passado, realizado inúmeras atividades em prol dos nossos servidores. O servidor é quem sustenta todas as nossas edificações; são nosso verdadeiro alicerce, são nossos braços, nossas pernas, nossos olhos, nossas mãos. Temos um grande carinho por nossos servidores”.
“Fizemos na nossa gestão – e faríamos novamente – o servidor como meta, em nossas diretrizes, programas e projetos, o tempo todo. As três últimas parcelas do PCCR nós implementamos dentro deste gestão. O PCCR previu ainda auxílio-saúde e o auxílio -alimentação. Então, no ano passado, nós implementamos um auxílio-alimentação (inédito na Instituição). E dobramos o valor pago no auxílio-saúde. Paralelo a isso, nós temos a GAR, que é uma Gratificação de Resultados, a qual já foi paga neste ano de 2016, com base nos resultados alcançados em 2015. Em janeiro de 2017, vamos pagar novamente o benefício da GAR, levando em considerações informações e indicadores apurados, correspondentes aos meses deste ano de 2016. Então não há motivo para a greve, não existe um motivo, até porque este ano nós estávamos conversando normalmente com o Sindicato dos Servidores”.
“Eu quero dizer bem claramente: eu não vou alimentar esse debate (pautado na dicotomia juízes versus servidores) pela mídia. Nós estamos desde os meses de julho e agosto conversando, dizendo ao Sindicato acerca da situação do Estado do Acre, das dificuldades enfrentadas, que é dentre os 27 Estados, um dos únicos que se mantém pagando heroicamente seus servidores públicos em dia, é preciso dizer isso. Então, para nós, pagar hoje os servidores em dia já é uma grande vantagem, quando sabemos que o Brasil inteiro está em uma situação de penúria, isso nacionalmente, todos conhecemos. Sabemos que a sociedade brasileira está vivendo momentos de angústia, sabemos que Estados como o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, dentre outros, estão sofrendo com essa situação, que não foi o povo brasileiro que causou, mas que nós, enquanto sociedade, estamos sofrendo. Tudo isso a gente comunicou para eles (Sindicato). O Poder Judiciário recebe dinheiro repassado pelo Estado. E essa conversa com o Sindicato é feita através de uma comissão, não é apenas com a Presidência, ela é feita com uma comissão.”
“Eu quero dizer que a minha Administração prioriza os servidores. E eu quero dizer aqui que, com exceção apenas da diretoria de gestão pessoas, todos os demais diretores (do TJAC) são servidores do Judiciário, são servidores da Casa. Ou seja, são fiscais, testemunhas de se é verdade ou não o que estamos falando.”
“Nós não encerramos as negociações, esse também é fundamento em que não se sustenta a greve. Sabemos também que a greve não pode ser por tempo indeterminado. Teriam que fazer um dia de paralisação. Então nós fomos surpreendidos. Eu fui surpreendida (com essa greve)”.
“Por enquanto essa greve não está afetando em nada o Judiciário. Nós temos uma série de serviços realizados pela Administração. Por enquanto nós continuamos funcionando normalmente, graças a Deus; as audiências estão funcionando, os atos, as intimações, enfim. Eu gostaria de que o Sindicato reflita em seu dever cívico. Não há motivo nenhum para greve. Nós em nenhum momento levantamos da mesa de negociação, eles foram o tempo inteiro atendidos, o tempo inteiro sentaram conosco. E mais: sentaram como servidores da Justiça.”
“Hoje nossos diretores são, em sua maioria, pessoas que têm 20 anos de casa. Foi feito um diálogo muito tranquilo, muito sereno, com o Sindicato. Essa situação de hoje me surpreende. A declaração de greve foi porque eles defendiam substituir, ou seja, queriam que nós pegássemos o dinheiro da GAR e déssemos aos servidores em retorno no auxílio-saúde, o qual nós já aumentamos em 100% no ano passado. Talvez ainda não seja o almejado, o sonhado, mas foi o possível.”