Vernissage abre atividades promovidas por artistas acreanas, que acontecem no Hall das Câmaras Cíveis e Criminal e destaca a sustentabilidade, encantos e mistérios da floresta.
O vernissage da exposição “Amazônia: Cor, Forma e Substância” demonstra o quanto a atual gestão do Tribunal de Justiça do Acre tem combinado jurisdição, cultura e arte, tornando os seus espaços mais vivos e humanizados.
Conduzido pela desembargadora-presidente Cezarinete Angelim, o lançamento conteceu nesta quarta-feira (11), no Hall das Câmaras Cível e Criminal na Sede Administrativa, e teve as presenças da desembargadora Regina Ferrari, corregedora geral da Justiça, da juíza-auxiliar da Presidência, Mirla Regina, e da juíza de Direito Olívia Ribeiro (convocada para atuar em caráter substitutivo no 2º Grau). Diretores, gerentes, assessores, secretários e servidores da Instituição também prestigiaram o ato. A atividade cultural poderá ser conhecida pelo público gratuitamente nos próximos 30 dias.
“Este já é 10º e último vernissage desta gestão, Biênio 2013-2015, que promovemos aqui na Sede do Tribunal, cujo objetivo é fomentar e difundir a arte no âmbito do Judiciário, e tornar nossos ambientes de trabalho e unidades como espaços mais acolhedores”, declarou a presidente do Tribunal.
A desembargadora elogiou o trabalho das artistas acreanas, vez que “as obras estabelecem perfeita sintonia com a natureza”, extraindo elementos presentes na região acreana (como barro, plantas, essências, etc.); e enaltecendo a cultura amazônica.
Cezarinete Angelim também assinalou a importância da percepção, destacando que os trabalhos despertam “o olhar, transportando os espectadores para cores e formas, mas principalmente estabelecendo um diálogo com a sensibilidade, muitas vezes adormecida”.
Já a artista Genifer Pereira agradeceu, por diversas vezes, pela oportunidade de apresentar a sua obra, ressaltando que a atual gestão “é idealizadora e apoiadora das manifestações artísticas”.
Ela explicou o intuito da exposição, lembrando a contribuição da colega Rosilene Cunha, e colocando-se à disposição para eventuais dúvidas e maior conhecimento dos trabalhos.
O projeto
O “Projeto Amazônia: cor, forma e substância” tem como proposta a desconstrução de instrumentos ou ferramentas que surgiram a partir da necessidade das pessoas, o uso da forma como investimento criador, explorando os recursos naturais (barros / e extratos de plantas) da região acreana, a possibilidade de um novo diálogo entre cor, forma, suporte, recebendo dessa forma uma nova identidade. E com isso, extrair as limitações impostas pela estrutura desses objetos transportando-os para outro cenário.
O artista deixa sua marca gravada para brotar novas ideias e seus olhos criam, e recriam na referência do já criado, renascem as formas e outras funções são atribuídas.
O resgate e valorização cultural das riquezas naturais e elementos que fazem parte da cultura acreana, acrescentando o acervo de pesquisa histórica e criação artística do nosso estado, e proporcionar a sociedade acreana um momento único de contemplação artística e conhecimento. Onde diálogos são formados, afetos relembrados, valores agregados, e o conceito funcional dos elementos pesquisados cede lugar a uma nova analogia sem perder sua importância. A aparência da forma continua como um suporte de memória em permanente construção.
As artistas
Heide Genifer Pereira e Pereira é acreana de Brasiléia, e artista plástica. Possui graduação em Artes Visuais Licenciatura pela Faculdade da Amazônia Ocidental (2009). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Plásticas possuindo o Curso técnico em Artes Plásticas na Usina de Arte João Donato Rio Branco – Acre (2009). Também possui graduação em Letras/Espanhol pela Universidade Federal do Acre (2015).
Gosta de pintar com técnicas mistas, principalmente desenvolver trabalhos em “fotopintura”. Desenvolve uma pesquisa com elementos que fazem parte da cultura acreana, como instrumentos de trabalho dos catraieiros e seringueiros, a fim de realizar um resgate cultural e criar uma nova linguagem visual com esses instrumentos.
Também se interessa pelo estudo da cultura acreana inserida na perspectiva latino-americana. Atualmente está cursando pós-graduação em Didática do Ensino Superior na UNINORTE. Trabalha na empresa Centro de Integração e Cultura Alternativo Ltda – Colégio Alternativo, exercendo cargo de Secretária desde o ano de 2010.
Maria Rosilene Nobre da Cunha, acreana, nascida em Tarauacá, residente na cidade de Rio Branco – Acre. Artista visual, licenciada em Artes Visuais, curso Técnico em Artes Plástica na Usina de Arte João Donato Rio Branco. Especialista em Metodologia do Ensino de Artes. Professora efetiva em Artes Visuais na Secretaria de Estado de Educação e Esporte – SEE. Rosilene Nobre atualmente prossegue com o projeto CorPura, que consiste em uma investigação e extração de corantes e pigmentos orgânicos com a manufatura de giz e pastilhas de aquarela para a utilização pictórica. Busca nas aguadas e aquarelas a desconstrução natural das manchas, inserindo folhas e impressões do seu quintal nos estudos.