A desembargadora Denise Bonfim indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Aurélio Silva da Cruz, preso durante a Operação G-7, autorizada pela Justiça e deflagrada pela Polícia Federal.
A magistrada assinou a decisão na noite dessa segunda-feira (20) e negou, portanto, a concessão da liberdade provisória postulada pelo réu.
Denise Bonfim considerou que “o decreto de prisão preventiva encontra-se suficientemente fundamentado, havendo demonstração de fatos concretos, em tese, praticados pelo requerente”.
Segundo ela, a manutenção da prisão é necessária “para garantir a ordem pública e econômica e para assegurar a aplicação da lei penal”.
A desembargadora destacou ainda que “o Estado não pode ser colocado a serviço de interesses privados e escusos. Não pode continuar a ter suas ações manipuladas para o atendimento pessoal, de empresários ou quaisquer outros segmentos variados”.
Aurélio Silva da Cruz é acusado de fazer parte de um cartel, formado por empresários ligados ao ramo de construção civil, com o objetivo de simular a existência de competição em licitações e contratações promovidas pelo Governo do Estado do Acre.
Nesse sentido, a denúncia aponta fortes indícios de autoria e participação dos investigados no desvio de recursos públicos, crimes de formação de quadrilha; falsificação de documentos; corrupção ativa e passiva, além de fraude em licitações.
Relatora do processo relacionado à Operação G-7, a desembargadora Denise Bonfim já recebeu mais pedidos de revogação da prisão preventiva, que deverão ser apreciados em breve.