Discussão atende à recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Representantes de órgãos e entidades que tratam de violência doméstica no Acre se reuniram na sexta-feira (23) para discutir a problemática enfrentada no estado. O encontro foi promovido pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Acre que tem como coordenadora a desembargadora Eva Evangelista.
Na ocasião, as representantes relataram os problemas enfrentados por cada instituição que representam e expuseram sugestões para melhoramento da situação.
O encontro atende a recomendação da presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Carmen Lúcia, para a situação de violência doméstica ser discutida e pontos serem alinhados por toda a rede na finalidade de sanar os milhares de processos nas Varas de Violência Doméstica.
“Nenhum trabalho pode ser feito de forma individual. Temos de compartilhar conhecimentos, pois é necessário. Os bancos de dados devem ser alimentados e atualizados. A rede deve ainda ter novos parceiros para ficar mais fortalecida. Vamos otimizar nossas atividades para tentar reduzir o índice de violência doméstica em nosso Estado”, comentou a coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário Acreano, desembargadora Eva Evangelista.
Realizações de novos mutirões de audiência de instrução, aumento no número de promotores e de delegada foram alguns pontos expostos durante o encontro.
Participaram representantes da Casa Mãe da Mata (Amabile Silva); Ministério Público (promotora de Justiça Dulce Helena); Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (Rafaela Farias); Casa Rosa Mulher (Nadia França); Núcleo de Vigilância da Maternidade Bárbara Heliodora (Maria Silene Vasconcelos), Delegacia da Mulher (Kelcinaira Firmino) e Secretaria-adjunta de Mulheres (Lidianne Cabral).
A juíza Shirley Hage, titular da Vara de Proteção à Mulher do TJAC, ressaltou a Vara ter situações muito delicadas e destacou que atualmente são cerca de 3 mil processos, sendo a maioria de ação penal, envolvendo violência doméstica.
“Sabemos o quanto é difícil mudar a situação de violência doméstica, mas estamos tentando e, com a união de todos, vamos melhorar essa situação”, enfatizou.
A delegada da Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher, Kelcinaira Firmino pontuou o número de inquérito que tramita atualmente no órgão chegando a 7 mil.