As desembargadoras Cezarinete Angelim (vice-presidente) e Regina Ferrari (membro da 2ª Câmara Cível) do Tribunal de Justiça do Acre visitaram na última sexta-feira (25) a Casa Rosa Mulher.
Elas foram recebidas pela secretária adjunta da Mulher, da prefeitura de Rio Branco, Maria das Graças e pela diretora da Casa, Vanessa Mota.
As magistradas visitaram as instalações e conheceram alguns serviços oferecidos no local – que é um centro de referência para mulheres em situação de violência -, como cursos e atividades profissionalizantes.
Entre eles os de cabeleireiro, corte e costura, manicure e pedicure, depilação e pizzaiolo. Tudo de forma gratuita em parceria com o Senac para mulheres de baixa-renda e mães solteiras, que contam ainda com o apoio da creche, para cuidar de seus filhos enquanto se capacitam.
O objetivo da visita institucional foi o de apoiar o trabalho realizado pela Casa Rosa Mulher, por meio de ações integradas ao Poder Judiciário Acreano.
“Estamos aqui como forma de demonstrar a sensibilidade do Tribunal com essa causa da mulher, que nos preocupa e nos toca. Precisamos encontrar mecanismos que resultem no combate a esse tipo de violência e, mais do que isso, devemos atuar na prevenção das situações de risco e vulnerabilidade”, salientou a desembargadora Cezarinete Angelim, vice-presidente do TJAC.
A desembargadora Regina Ferrari, que é coordenadora estadual da mulher em situação de violência doméstica e familiar, falou acerca de um workshop, realizado neste mês de outubro pelo Tribunal.
A atividade se destinou a discutir entre os magistrados que aplicam a Lei Maria da Penha a necessidade de aperfeiçoamento dos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar no âmbito do Judiciário Estadual.
Também foi explicitada a elevada quantidade de processos que tramitam Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – o que reflete a problemática social no Estado.
A secretária Maria das Graças considerou a visita apropositada, especialmente por revelar “que o Tribunal de Justiça está indo muito além do judicial, ao se aproximar dos problemas que emergem na sociedade”.
A coordenadora Vanessa Mota falou sobre as dificuldades encontradas no dia-a-dia da Rosa Mulher, como os encaminhamentos que são feitos para a Casa Abrigo Mãe da Mata, onde são acolhidas as mulheres que correm risco de morte, em virtude da violência praticada por seus companheiros.
Outra visita
Também neste mês de outubro, as desembargadoras Regina Ferrari e Waldirene Cordeiro, acompanhadas da desembargadora Lenice Bodstein (do Tribunal de Justiça do Paraná) e da juíza Shirlei Menezes (titular da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher) já haviam realizado visita institucional à Casa Rosa Mulher.
À ocasião foram discutidas as oportunidades que as mulheres vítimas de violência passam a ter ao buscar os serviços da entidade e a importância dos cursos e do acolhimento que lhes é oferecido.