Justiça Acreana usa educação para prevenir casos de violência contra a mulher e estimular cultura da paz

Ação integra programação da 9ª Semana da Justiça pela Paz em Casa.

No Brasil, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal, conforme dados divulgados pelo Relógio da Violência do Instituto Maria da Penha (IMP). Em torno de três mil processos de violência doméstica estão em andamento na Vara de Proteção à Mulher em Rio Branco e cerca de 300 novos são recebido por mês na unidade judiciária. Um cenário alarmante, que convoca uma responsabilidade na sociedade de construção de um país aonde as mulheres não sejam mais vítimas de qualquer forma violência.

E o Poder Judiciário Acreano, que já tem o compromisso de punir os agressores, também assumiu a missão de colaborar com a construção da cultura da paz, usando a educação e conscientização para tentar prevenir a violência contra mulher, além de semear a cultura da paz. Por isso, nesta quarta-feira (22), foi realizada na Escola Estadual Serafim da Silva Salgado, uma palestra sobre a temática, ministrada por dois psicólogos, Cleudina Ribeiro e Andreson Martins, da equipe multidisciplinar da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco.

A ação integra a programação da 9ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, promovida pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, e fisgou a atenção dos vários estudantes da escola pública, que participaram ativamente da conversa. Os adolescentes tiveram oportunidade de conhecer, tirar dúvidas e ainda comentar sobre o tema, refletindo o quanto nossa sociedade ainda é machista e precisa do diálogo para evitar a violência.

“Eu acredito que se houvesse mais diálogo a violência diminuiria. Talvez se a mulher e o homem conversassem mais, e se respeitassem, a violência física não aconteceria”, comentou o estudante do 8º ano do ensino fundamental, Gabriel Souza (13 anos), que ficou todo o tempo atendo ao que os psicólogos, da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, explicavam.

Educar para prevenir

O psicólogo Anderson Martins iniciou a conversa com os estudantes enfatizando a necessidade de cada pessoa entender que é responsável por promover a paz e não cometer atos de violência, evitando ter que responder pelos atos perante a Justiça.

“Cada um de vocês também é responsável por promover a paz em suas casas. Devemos seguir o pensamento de Gandhi e sermos a paz que desejamos. Mudarmos nossas atitudes e não acharmos normal bater nas mulheres”, falou Martins.

 

“Esperamos que no futuro tenhamos relações mais saudáveis, sem violência. Por isso, estamos aqui, conversando com vocês, esclarecendo, mostrando os tipos de violência e como nossa sociedade machista, nossa forma de pensar precisa mudar para colaborarmos com a cultura da paz”, pediu Cleudina Ribeiro aos alunos presentes.

Assessoria | Comunicação TJAC

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