Lei Maria da Penha: Equipe multidisciplinar apresenta esclarecimentos para homens

Ação ajuda homens que cometeram algum tipo de violência contra a mulher para evitar reincidência.

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) está mobilizado pelos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Além da campanha, muitas atividades seguem em andamento e se estendem por todo o ano, como as palestras desenvolvidas com as partes de processos que envolvem a Lei Maria da Penha.

Nesta quarta-feira (29), o grupo reflexivo teve como tema a expressão “Homem de Verdade”. A psicóloga Ane Kelly Feitosa e a assistente social Sionete de Sousa da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco atenderam um grupo de cerca de dez homens.

A equipe multidisciplinar apresentou esclarecimentos jurídicos e a troca de experiência permitiu que dúvidas fossem sanadas, bem como debatidos exemplos de atitudes inadequadas nas relações domésticas.

Os participantes dessa conversa são homens que cometeram algum tipo de violência contra a mulher, mas que a vítima optou por renunciar às medidas protetivas. Então, a importância desse momento é acrescentar uma compreensão contextual para romper o ciclo de violência iniciado.

Entretanto, vale destacar que quando há ofensa física contra a mulher, mesmo que esta resolva renunciar às medidas protetivas, o agressor responderá pelo crime, uma vez que a denúncia será consolidada pelo Ministério Público.

Sequestro emocional

Ao compartilhar detalhes do seu processo, um dos participantes narrou que estava trocando mensagens com uma ex-namorada, porque essa desconfiava de uma possível gravidez. Da mesma forma que a companheira o denunciou, ele também registrou Boletim de Ocorrência pelos danos gerados nesse episódio.

Mesmo em um relacionamento emocional, é preciso ser racional. “Eu aprendi que temos que ter controle. Com as medidas protetivas fui morar em um apartamento e só depois de um tempo conseguimos ter uma conversa equilibrada. Não seguiremos juntos. Mas essa foi uma lição que tirei para toda a minha vida”, compartilhou.

Outras orientações foram acerca de respeito aos limites e cuidados na forma de expressar, que segundo a palestrante são caminhos para evitar a violência moral, psicológica, além de mágoa e desgaste na relação.

Mulheres também participam de palestra

Além do grupo reflexivo para homens, que é uma ação de destaque para toda a rede de proteção, há o encontro de mulheres vítimas para também compartilharem suas experiências.

Nesta quinta-feira (30), por exemplo, várias mulheres que optaram pela retratação se reuniram na Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco para reflexão.

 

Assessoria | Comunicação TJAC

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