Nota de Pesar

Nota de Pesar.

A Administração do Tribunal de Justiça do Acre lamenta profundamente a morte de Antônio Rulli Junior, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e presidente do Colégio Permanente de Diretor de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem).

O magistrado estava em Ubatuba (SP), quando sofreu um infarto na madrugada do domingo (14). O velório aconteceu no mesmo dia no Cemitério do Araçá, em São Paulo. Já o sepultamento ocorreu nesta segunda-feira (15), no Cemitério da Consolação.

Decana da Corte de Justiça Acreana, a desembargadora Eva Evangelista destacou que o magistrado foi “fundamental e decisivo na consolidação das Escolas da Magistratura de todo País”, sendo “um homem à frente do seu tempo”.

A magistrada foi diretora da então Escola da Magistratura do Acre (Esmac) em várias ocasiões, sendo membro-fundadora do Copedem.

“Desembargou Rully motivou, incentivou a capacitação, e contribuiu para promover a integração das Escolas de Magistratura do Brasil, conferindo-lhes um padrão. Foram inúmeras ações voltadas à partilha do saber e democratização do conhecimento, como atividades destinadas ao Ensino a Distância (EAD), mestrado profissionalizante e Mestrado na Universidade de Lisboa. Até mesmo o Mestrado profissionalizante de Rondônia, aprovado pelo MEC”, citou a desembargadora.

Eva Evangelista explicou que, graças ao trabalho do professor Rully, foi quebrada a dicotomia existente entre escolas grandes e pequenas, ricas e com menor condição de investimento, que era o caso do Acre, por meio de um trabalho de uniformização das escolas, intercâmbio de agendas institucionais, e troca de informações.

Era considerado visionário, sonhador, uma mente inquieta quanto à busca do aperfeiçoamento, da profissionalização da Magistratura Nacional, criador de diversas inovações em matéria de ensino, comunicação e difusão do conhecimento acadêmico, científico e técnico.

Diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), o desembargador Roberto Barros considerou a perda irreparável, exaltando a trajetória exitosa Antônio Rulli Junior.

Trajetória

Nascido em Campo Grande (MS), Antônio Rulli Junior se formou na Universidade de São Paulo (USP). Seguiu carreira na magistratura, tornando-se desembargador do TJSP. Em 2012, foi aposentado compulsoriamente quando completou 70 anos. Desde então, dedicou-se à presidência da Copedem, instituição que ajudou a criar.

Recentemente, contribui com a elaboração do livro “Memorial de Ministros – Catálogo Alfabético dos Ministros de Letras”, inclusive com o prefácio, escrita conjuntamente por Luís de São Bento, António Soares.

A obra faz breves biografias de 6.684 juízes e desembargadores que serviram à Coroa portuguesa desde 1544, tanto no país europeu como em colônias além-mar.

Em nota, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) manifestou seu pesar e destacou que Rulli Junior será sempre uma referência no meio jurídico e acadêmico. “O desembargador era membro da Secretaria de Assuntos Internacionais da AMB e muito contribuiu ao longo de sua carreira para o fortalecimento das Escolas Judiciais do país e da magistratura brasileira”, diz a nota, assinada pelo presidente em exercício, Nelson de Morais.

 

Assessoria | Comunicação TJAC

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