Na ocasião, a desembargadora Eva Evangelista destacou a importância do projeto como instrumento de prevenção aos crimes contra a violência doméstica e familiar
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual de Proteção à Mulher contra a Violência Doméstica e Familiar (COMSIV) participou, atendendo a convite, de apresentação sobre o projeto “Maria da Penha vai à escola: educar para prevenir e coibir a violência contra a mulher”, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), na quinta-feira, 20, em Brasília,
O projeto foi idealizado pelo juiz de Direito Ben-Hur Viza, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres do Núcleo Bandeirante do Judiciário de Brasília. O “Maria da Penha vai à escola” têm o objetivo de Educar para prevenir, coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, trabalhando com a formação de professores da rede pública e privada.
Para o magistrado a ampliação do projeto garante o fortalecimento da proteção à mulher. “O que nós queremos com esse programa é mudar a cultura e o caminho é a educação. Nós percebemos que se investir na educação vamos conseguir mudar esse cenário. Então, iniciamos com a formação dos profissionais de educação, orientadores, gestores da escola e professores, para chegar até os alunos depois. Nesse caminho vamos colhendo denúncias e espalhando as sementes de não violência contra mulher”, disse.
Na oportunidade, a coordenadora da COMSIV, desembargadora Eva Evangelista, ressaltou a iniciativa do Estado do Acre, que deseja implantar o programa no estado. Realçou o compromisso do Tribunal de Justiça, especialmente do desembargador-presidente, Francisco Djalma, engajado no enfrentamento e combate à essa chaga social instalada nas famílias acreanas.
A decana da Corte da Justiça acreana também discorreu sobre à atuação, dedicação e devoção do juiz Ben-Hur à causa, bem como de sua equipe, e defendeu a necessidade de dotar o Acre de política de prevenção fundada na educação transformadora de crianças e adolescentes.
“Este é um projeto que já existe há alguns anos no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. E em matéria de prevenção à violência doméstica e familiar é referência nacional pelo grande alcance social, porque é destinado à formação de professores da rede pública, aqueles a quem primeiro chegam os relatos de violência doméstica e familiar contra a mulher”, comentou.
Além disso, participaram do momento e assumiram compromisso com as tratativas para o desenvolvimento do projeto no estado, integrantes do Poder Executivo: a primeira-dama, Ana Paula Cameli, a secretária de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), Ana Paula Lima, e a Diretora de Políticas para as Mulheres, Isnailda Gondim, no ato representando a OAB/Acre, pela Comissão da Mulher Advogada.