A adoção foi aprovada pela Justiça do Acre e mudou o futuro dessa nova família, que vive uma fase feliz.
Natécia é mãe do Jorge. Isso é oficial desde que saiu a publicação da decisão da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco no Diário da Justiça. O deferimento da adoção ocorreu neste mês de maio.
Com quatro anos de idade, Jorge já está na escola, ama cinema e música, é uma criança carinhosa. Ele vive uma fase oposta a que tinha até pouco tempo. Inclusive, o quadro de subnutrição foi revertido e sua saúde está ótima.
Como se tivesse sido predestinado, Jorge já tinha o mesmo nome do pai de Natécia. Essa mãe tem outra filha biológica. “Minha primeira filha eu tive aos 21 anos de idade e foi tudo muito difícil, porque separei grávida e ainda muito jovem, tive que cuidar dela sozinha. Hoje ela já está adulta”, conta.
A funcionária pública explicou que não planejava ter outro filho, “muito menos pela adoção”. Mas esta decisão mudou sua vida: “ele é o sol da minha vida. Hoje eu abro mão de qualquer coisa para estar com ele”, enfatiza.
Amor que é recíproco pelo filho. Cada vez que é dito a palavra mamãe, ambos sorriem. É uma declaração de amor espontânea. Ela afirma que o convívio tem feito o sentimento crescer cada vez mais. “É impossível não amar! Criamos um vínculo”, resume emocionada.
Mesmo sem semelhanças físicas, ela consegue perceber traços dela, nele. “Ele dorme na mesma posição que eu, suas falas se parecem com as minhas. Seus desenhos e filmes preferidos, ele sempre coloca nós dois como personagens, sou sua heroína”, enumera.
Com mais de 40 anos de idade, explica, em suas palavras, que hoje é muito mais mãe. “Adoção é um presente maior para quem adota, do que para quem é adotado”, conclui.